Sunday, December 12, 2010

Taiwan - Kenting & Kaohsiung

Bem... há pouco... muito pouco para contar sobre esta viagem. Podem ver, pela maneira como começo este post, que o passeio não foi nada de especial... e não foi... nem a comida salvou os 3 dias que estive fora... pelo contrário.

Muito resumidamente, porque a viagem não deixa de merecer referência, por mais pequena que seja, fomos, todos, quase 70 pessoas, de avião até ao sul da Ilha Formosa.

Sábado:
Chegamos, após 1 hora de viagem, pelas 2 da tarde. 4 horas de autocarro até Kenting... um beach resort fora do verão. Chegamos ao hotel, jantamos, todos juntos, chinês!

Domingo:
Manhã livre. Pela tarde fomos ver um oceanário... duas baleiazinhas pequeninas e um tubarão eram as atracções dos visitantes - o ponto alto do passeio. Depois o local de visita foi uma praia (!) que tinha areia e mar e depois disso um porto de pesca onde, no mercado local, metemos no papo mais uns peixinhos à moda chinesa à hora do lanche. Jantar livre.

Segunda:
Manhã em viagem até Kaohsiung. Tarde livre. Passeio pela cidade. Jantar livre, um bifezito, nada de especial, mas deu para fugir ao chinês.

Terça:
10h30 saída para o aeroporto. 11h30, paragem para almoço (!) chinês. 1 da tarde aeroporto. 4 da tarde voo de regresso. 6 da tarde em casa, constipado e a sorver o meu "L52" (medicamento natural homeopático que tem efeitos extremamente eficazes nas gripes recorrentes do Sun Tzu).

E foi assim.

GORILLAZ live in Hong Kong

Foi no dia 3 de Dezembro, mesmo antes da minha partida para Taiwan, que Sun Tzu e sua mulher foram até Hong Kong.
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Embarcámos no ferry das 6 da tarde. Chegámos a Central às 7 e apanhámos o comboio rápido e até chgarmos ao Asia World, uma espécie de Pavilhão Atlântico, mas um pouco mais pequeno, fomos metendo uma sandoca à boca.
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O motivo da visita era um concerto, que se esperava Grande, de uma banda que sempre teve por de trás um "q" de mistério.
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Nunca apareciam em público, os elementos do grupo eram, e ainda são, personalizados por uns bonecos engraçados de banda desenhada e nunca, ou quase nunca, apareciam em público, mesmo nos concertos ao vivo.
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Desta vez foi diferente, com uma grande tela por trás do palco onde passavam os videos dos clips das musicas, a banda era composta pelos 4 elementos essenciais (Vocalista, guitarrista, baixo e baterista) vestidos de "lobos" e capitães do mar e tinham a acompanhar 10 meninas vestidas de marinheiras todas portadoras de instrumentos clássicos de corda.
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Volta e meia, quando a música o exigia, um grupo de metais de 8 "afro-americans" entravam em palco e deliciavam o público.
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Um grande grande concerto do qual vos deixo um pequeno excerto.
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Durante o concerto fomos molhando a garganta com umas cervejolas fresquinhas que nos souberam pela vida.
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Terminado o concerto, por volta as 11h30 da noite, regressamos a casa contentes e a cantarolar algumas das músicas que tinhamos acabado de ouvir.
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Foi um muito, muito bom concerto!!!

Tuesday, November 16, 2010

Um novo 4 patas

Carro morto, carro posto.
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Sun Tzu conseguiu a proeza de comprar um carro ainda mais velho do que o anterior. Um Mazda 323, de 1992 é agora da sua propriedade.
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Tem um prazo de validade, espero eu, de pelo menos 2 anos. 4 portas, 120,000 Kms e 7 mãos anteriores à minha. Um carro usado e bem usado.
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O limite de velocidade máximo em Macau é de 80Kms/hora pelo que o carro chega e sobra, espero eu, para as voltas que Sun Tzu e sua mulher dão no território.
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Está em melhor estado do que o anterior estava quando o comprei, sendo que paguei por ambos exactamente o mesmo preço.
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Longa vida ao carro!

Monday, November 8, 2010

É já no dia 20...

Sun Tzu já tem presença assegurada. Finalmente vamos ver o Grande Prémio de Macau.

É a 4ª edição desde que chegamos ao Oriente e desta vez não temos desculpas para faltar.

Juntamente com a Sra. Sun Tzu, vou marcar presença na Curva do Lisboa que é, por sinal, o local predilecto dos corredores para estacionarem os carros e motas a alta velocidade.

E é que aquilo costuma estar repleto de atracções...


Depois conto como foi!

IL TROVATORE

Ontem foi dia de ópera. No encerramento do Festival Internacional de Musica de Macau, a Ópera da Australia trouxe, o Il Trovatore, por três dias.


Comprei os bilhetes à ultima da hora para o dia do encerramento, e até tive sorte com os lugares.
Acompanhada ao vivo pela Orquestra de Macau, a peça foi fabulosa.

Os personagens principais, Leonora e Manrico, foram belíssimamente interpretados.


Duas horas e meia de Musica que deliciaram o público que encheu o grande auditório do Centro Cultural de Macau.


Foi arrepiante ouvir, por quem sabe, o Coro Dos Soldados, musica de especial interesse para Sun Tzu.

De facto, um final de festival em grande.

Wednesday, November 3, 2010

Blasted Mechanism in Macau

Devia correr o ano de 1996 quando, na Alfandega do Porto, os ouvi pela primeira vez.
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Os Blasted Mechanism são um grupo de musica rock/punk/heavy/etc/etc que têm a singular particularidade de se apresentarem em palco revestidos de umas fatiotas esquisitas que não deixam ninguém indiferente.
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Enquanto olhamos para aquelas figuras estranhas aos saltos e aos pinotes de um lado para o outro do palco somos mergulhados num berreiro de guitarradas, baterias, batidas em bidões de gasolina e os gritos de uma espécie de vuvuzela (aquele instrumento que deu brado no último mundial de futebol na África do Sul).
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Três vezes nomeado para os prémios MTV e detentor de um globo de Ouro da Sic, o grupo, dentro do género, prima principalmente pela originalidade da apresentação, musica e sons do mundo.

Gostei muito desse primeiro concerto... tinha idade para o barulho e na altura fartei-me de pinchar com a banda.
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Desta feita, ouvi-os na Cidade do Santo Nome de Deus, no passado dia 1 de Novembro.
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Inserido no Festival Internacional de Musica de Macau, o concerto teve o dom de, tão longe da Alfandega do Porto, me fazer reviver e "re-ouvir" aquele grupo de musica que apareceu na minha juventude (ai ai... já pareço o meu Pai a falar).
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Bem, adiante! O concerto durou cerca de duas horas. Era num espaço ao ar livre, junto ao lago Nam Van. Fui com um casal amigo e já sabiamos ao que íamos. Surpresos encontramos uma plateia sentada e preparada para ouvir um concerto de musica clássica...
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Aos primeiros acordes Sun Tzu estava na primeira fila... e 20 segundos depois muitos outros ouvintes o acompanhavam até que o espaço à frente do palco ficou recheado de umas 100/150 pessoas.
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Insólito foi o pedido feito pela organização para os espectadores desligarem os telemóveis... como se alguém conseguisse ouvir o que quer que fosse para além da música.
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O concerto foi uma oferta da organização pelo que a entrada era livre... e foi frustrante confirmar a pouca aderência das gentes a este tipo de eventos... gratuitos... ao ar livre... com um cenário fantástico... para umas 150 pessoas.

No final do concerto, depois de um "encore", e tal como se faz com aqueles quartetos de cordas que tocam no Centro Cultural de Macau, também estes nossos amigos, de cabeças rapadas ou de cabelos pelas costas, receberam, de umas 5 meninas simpáticas, uns bonitos ramos de flores... tratados como se fossem umas divas de ópera...
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Os rapazes nem queriam acreditar... depois de um concerto de "musica barulho", uns raminhos de flores para os artistas... um deles despachou o ramo em 3 segundos atirando-o para o público... outro enfiou as flores na máscara que trazia posta... enfim...
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Só mesmo aqui!!!

É disto...

E fica um homem sozinho em casa enquanto a mulher vai passear...
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Desta feita a Sra. Sun Tzu vai para a ilha de Hainão, no sul da China. A apresentação de um projecto para uns clientes do atelier assim o obriga.
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E fica um homem sozinho em casa a tratar das lides domésticas até sexta feira... não há direito!!!
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E é caso para dizer...antigamente é que era!!!

Monday, November 1, 2010

Thursday, October 28, 2010

Taiwan

Falta pouco mais de um mês para a viagem anual do escritório de Sun Tzu. Vão as famílias e amigos dos colaboradores do escritório, tudo em romaria, desta feita para o sul da Ilha Formosa.

De 4 a 7 de Dezembro, estarei fora de Macau. A Senhora Sun Tzu, por não ter dias de férias, fica em Macau a assegurar a boa gestão do lar.

Vão-me saber a pato estes diazinhos de descanso e fora do escritório... nunca mais chegam!

Sunday, October 10, 2010

Xau Manel

Sun Tzu mudou de casa. Após três anos a morar no Porto Interior, zona antiga e mui chinesa da cidade, num prédio de nome "Grand Seaview Heights", o contrato de arrendamento terminou.
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Foram três rápidos anos a viver a 15 minutos a pé do centro de Macau e a cumprimentar os seguranças que todas as manhãs simpaticamente diziam Jou San (bom dia).


Importa dizer que Sun Tzu e sua mulher foram, durante quase todo o tempo que vivemos na Lam Mau Tong (Av. Marginal do Lam Mau), os únicos Kwai Lows (diabos brancos, o nome que os Chineses dão aos estrangeiros ocidentais) do prédio, o que atraía muito a atenção dos nossos vizinhos.
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Nunca consegui comunicar com os porteiros a não ser através da linguagem gestual que, nos momentos importantes, lá ia servindo.
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Apesar disso, e à medida que ia aprendendo umas coisinhas de cantonense, tentei ensinar aos Pang Iaos (amigos) o correspondente de algumas palavras em Português.
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Na brincadeira dizia aos nossos convidados, que com cara de espanto me ouviam a "falar" com os porteiros: "Um dia destes ainda os vou pôr a rezar o Terço."
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O "olá" era dito, quase sempre aos berros, num forte "Tá tudo?"
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O Jou San, um quasi perfeito "bom dia".
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Para Pang Iao, eles diziam "Migo".
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E o adeus, um "Xau Manel", que foram, aliás, as primeiras palavras em Português que eles aprenderam.
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Todas as manhãs a "conversa" era sempre a mesma:
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Porteiros: Migo!!!
Sunt Zu: Migo!!!
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Porteiros: Bom dia!!!
Sun Tzu: Bom dia!!!
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Porteiros: Tá tudo???
Sun Tzu: Tá tudo???
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e por fim,
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Porteiros: Xau Manel!!!
Sun Tzu: Xau Manel.
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Contudo, um deles, o mais magrinho, quando me via à hora do almoço, fazia um gesto como que a perguntar "se já tinha comido".
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E este "Já comeu?" tem uma história engraçada por trás.
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Creio que durante a WWII, Macau passou, tal como outros sítios no mundo, por um periodo de grande carência. O fornecimento de arroz e demais víveres teimava em não chegar à Cidade do Santo Nome de Deus.
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Porque havia fome, as pessoas, entre elas, ao invés de perguntarem "então, tudo bem?", questionavam por delicadeza "já comeu?"
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Este bonito sinal de atenção e cumprimento foi ficando e por diversas vezes somos cumprimentados com um "Já comeu?" ou então, tal como fazia o meu Pang Iao porteiro, gesto de levar comida à boca e de barriga satifeita (esfregando a palma da mão na pançola).
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E muitas historias houve com estes nossos amigos.
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Toda a vez que chegava a casa com sacos de compras eles levantavam-se e vinham espreitar o cabaz. Se as compras incluiam uma garrafa de vinho, soltavam uma sonoro "UUÁÁÁÁ".
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Outras vezes pedia-lhes, por gestos claro está, que abrissem a porta do ginásio do prédio para poder dar uma corrida... lá se levantava um deles, com paciência de chinês para o Kwai Low do prédio, e subiam ao 4º andar e abriam a porta.
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Tendo em mente que os chineses são pouco peludos, várias vezes o gordinho, quando me via com barba de dois ou três dias, vinha intrigado passar a mão na minha cara... deveria pensar, o raio do catraio tem barba dura. Quando era ele que tinha a barba por fazer, mostrava-ma orgulhoso do seu feito másculo e viril.
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Estes meus amigos faziam o turno da manhã e muitas vezes, muitas mesmo, o humor matinal de Sun Tzu, que por vezes não é dos melhores, confesso, mudava radicalmente quando ouvia um simpático e sorridente "Tá tudo?"
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Foi com pena que me despedi destes meus Pang Iaos, sempre simpáticos, atenciosos e muito bem dispostos... sempre bem dispostos.
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Na despedida, Sun Tzu ofereceu-lhes um simbólico Lai Si (pequeno envelope vermelho com algumas patacas dentro que costuma ser oferecido durante o ano novo chinês) e foi com abraços e uma bela sessão fotográfica que nos despedimos acompanhado de um bem berrado e sentido.... Xau Manel!!!

Tuesday, September 28, 2010

1994-2010

Faleceu hoje o nosso quatro patas Daihatsu Charade com pouco mais de um ano e meio de idade após a adopção em Maio de 2009.

Morreu com 16 anos de idade... após uma vida longa de viagens, batidelas, riscadelas e três ou nove pancadas mais fortes.

Ainda tinha salvação, a muito custo, pelo que num acto de misericordia (para com o nosso bolso) decidimos pôr termo à vida de tão catita carrinho.

Descansa em paz carrinho meu.... encontro-te dentro em breve numa qualquer lata de coca-cola .


Monday, September 6, 2010

Parabéns!!!

Fez ontem, dia 5 de Setembro, 3 anos que Sun Tzu e sua mulher chegaram à Cidade do Santo Nome de Deus de Macau.

O tempo voa, caramba! Parabéns a nós!!!

4 anos e meio depois....

Foi em Setembro de 2005 que Sun Tzu se estreou nas Artes Marciais Chinesas. Durante mais ou menos seis meses praticou Sanda (boxe chinês) regularmente na Rua da Nª Sª de Fátima, junto à Rotunda da Boavista sob orientação do Mestre Paulo Araújo e do Professor Zé Machado.

Desde Março de 2006, como consequência da sua mudança para Lisboa, Sun Tzu ocasionalmente regressava à lide marcial aquando das suas visitas ao Norte.
Em finais de 2007, a vinda para Macau marcou a despedida da sua prática.

Hoje, dia 6 de Setembro de 2010, depois de diversas tentativas frustradas em encontrar algo subsidiário por estes lados, Sun Tzu retoma a sua aprendizagem a todo o vapor, desta feita às ordens do Professor Luis Acabado.

Há tempo a recuperar, mas é caso para dizer...Aleluia!!!

Friday, August 20, 2010

Kuala Lumpur & Malaca

Estava na lista dos locais a visitar.

Aproveitando uma ida em trabalho da sua Senhora, Sun Tzu rumou à capital da Malásia na sexta-feira, dia 16 de Julho.

Após de 3 dias de trabalho doméstico árduo uma vez que a Senhora Sun Tzu estava ausente desde Terça-feira, finalmente o descanso merecido.

Apesar de estar prevista para as 8 da noite, só à uma da madrugada é que Sun Tzu chegou ao seu destino depois de um valente atraso na saída que obrigou Sun Tzu a quedar-se pelo nosso tão querido Lounge do Aeroporto Internacional de Macau.

A senhora Sun Tzu, hospedada no Mandarim Oriental a expensas da entidade patronal, recebeu calorosa e carinhosamente Sun Tzu.

O programa de Sábado passava por ir de autocarro até Malaca, antiga praça-forte portuguesa durante 130 anos (1511-1641), cidade essa que suscitava grande curiosidade e expectativa. Situada a meio caminho entre Kuala Lumpur e Singapura, foi um grande interposto comercial e um sítio onde S. Francisco Xavier viver por alguns anos.

Na verdade, em 1511 Afonso de Albuquerque, ao comando de uma guarnição de 1200 homens e 18 navios, partiu de Goa para a conquista de Malaca a 24 de Agosto desse ano.

Em 1641 Malaca foi tomada pelos holandeses os quais cederam o território em 1824 ao Império Britânico.

Da Malaca Portuguesa pouco resta. Da fortaleza construída pelos Lusitanos – A Famosa – resta somente a Porta de Santiago. Após 300 anos de existência, em 1806, os britânicos destruíram-na.

Após, este pequeno apontamento histórico, importa dizer que Malaca é a modos que uma desilusão para quem vai, como nós fomos, em busca dos vestígios do passado glorioso da história de Portugal.

Muito pouco há para ver. De facto, a referida Porta de Santiago, uma pedra de armas do Reino de Portugal, uma réplica da caravela portuguesa, uma estátua moderna de S. Franciso Xavier e umas lápides brasonadas de uns quantos Costas, Andrades, Melos e Pintos é o que resta da “nossa” presença. Existem outras marcas, na língua local, que apesar dos anos foram ficando na boca dos indígenas, sendo esse o principal património que os Portugueses de então lá deixaram e que os holandeses e britânicos não conseguiram destruir.

Almoçamos por lá e pelas 3 da tarde estávamos já de regresso a Kuala Lumpur. Aproveitamos o final da tarde para dar um mergulho na piscina do hotel, experimentar a cerveja local e dormitar nas confortáveis espreguiçadeiras disponíveis.

A noite foi aproveitada para passear, jantar, conversar e viver a cidade. A capital da Malásia é uma cidade grande, moderna, cosmopolita e internacional. Como país muçulmano que é, às horas certas, do alto dos minaretes, a habitual “Ala Akbah” fazia-se ouvir.

No domingo, dia da partida, conhecemos o centro da cidade… as fantásticas torres petronas, vizinhas do hotel onde ficamos instalados, são a principal atracção da cidade, mas também aqui pouco há para se visitar como turista.

E à hora do almoço embarcamos de regresso a Macau. A Senhora Sun Tzu portadora de uma nova experiência profissional e Sun Tzu satisfeito por riscar da lista 2 dos locais marcados para visitar.

Chegamos à hora de jantar a casa. Metemos uns cereais à boca e deitamo-nos com a cabeça já na semana de trabalho de se iniciava.

Monday, August 16, 2010

Finalmentes, cataner!!!

E é já no próximo dia 28 de Agosto que finalmente os queridos amigos do casal Sun Tzu vão dar o nó.

Foram mais de 8 anos de intenso namoro, peripécias e aventuras, tristezas e alegrias que agora serão oficializados.

Como não podia deixar de ser, o Sun Tzu vai lá estar.

Saimos no dia 26 à noite. Chegamos a Portugal sexta de manhã depois de uma escala em Londres. Temos o casório no sábado. E segunda regresso sozinho à Cidade do Santo Nome de Deus... a Sra. Sun Tzu fica mais uns dias para aproveitar o bom tempo da praia Lusitana... já o Sun Tzu regressa, pois alguém tem de pôr comida na mesa.

Parabéns aos queridos amigos e, então, até já!

Thursday, July 22, 2010

Foi só um Tufinho

Chegou apenas ao sinal 3 de alerta mas, apesar disso, ainda se viram algumas abertas hoje.

Um tufinho, pois então!

Wednesday, July 21, 2010

Chanthu - Aviso dos Serviços Meteorológicos de Macau

AVISO DE TEMPESTADE TROPICAL MAIS ACTUALIZADA EMITIDA EM MACAU, DE 21 DE JULHO DE 2010 15H59 L.T.
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ESTÁ HASTEADO O SINAL NO. 3 SIGNIFICA QUE, O CENTRO DA TEMPESTADE TROPICAL MOVIMENTA-SE DE FORMA A SER POSSÍVEL QUE SE FAÇAM SENTIR NA RAEM VENTOS COMPREENDIDOS ENTRE 41 KM/H E 62 KM/H COM RAJADAS DE CERCA DE 110 KM/H.ÀS 16H00, (1003)
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CICLONE TROPICAL SEVERO "CHANTHU" LOCALIZADO A CERCA DE 390 KMS A SSW DE MACAU (CERCA DE 18.8°N, 112.6°E), MOVIA-SE PARA NW A UMA VELOCIDADE APROXIMADA DE 12KM/H.
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O SINAL No.1 FOI SUBSTITUÍDO PELO SINAL No.3 ÀS 16H00 T.L.
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PREVÊ-SE QUE O CICLONE TROPICAL SEVERO "CHANTHU" SERÁ APROXIMAR-SE AO OESTE DA ZONA COSTEIRA DE GUANGDONG.
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INDICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO SINAL NO. 3: RECOLHER AS EMBARCAÇÕES AOS ABRIGOS E PORTOS DE SEGURANÇA; VERIFICAR A SEGURANÇA DAS PORTAS E JANELAS; DESOBSTRUIR AS SARGETAS E GOTEIRAS; ACOMPANHAR OS BOLETINS METEOROLÓGICOS EMITIDOS PELO RÁDIO, TELEVISÃO E OUTROS MEIOS ELECTRÓNICOS DE COMUNICAÇÕES.

Tuesday, July 20, 2010

Eles vêm aí!

É um fenómeno regular do sudoeste asiático com o qual já padecemos diversas vezes. Desta feita é o Chanthu que está prestes a chegar a Macau!

Desde que chegamos a Macau já fomos alvo de diversos tufinhos, tufões e tufãozões!

A lógica é mais ou menos esta: tendo em conta a distância da tempestade tropical e a velocidade do vento e das rajadas, as autoridades do Território vão levantando diferentes sinais de alerta:

T1 - o centro de uma tempestade tropical está a menos de 800 quilómetros de Macau podendo vir a afectar a região.

T3 - O centro da tempestade tropical movimenta-se de forma a ser possível que se façam sentir em Macau ventos compreendidos entre 41 km/h e 62 km/h com rajadas de cerca de 110 km/h.

T8 - O centro da tempestade tropical está a aproximar-se sendo possível o registo em Macau de vento do quadrante indicado entre 63 km/h e 117 km/h com rajadas de cerca de 180 km/h.

T9 - O centro da tempestade tropical continua a aproximar de Macau e prevê-se que o território seja severamente afectado.

T10 - Aproxima-se uma tempestade tropical cujo centro passará nas vizinhanças imediatas de Macau admitindo-se que o vento médio exceda os 118 km/h com rajadas de grande intensidade.

Com sinal 8, as escolas, serviços públicos, transportes, as pontes que ligam Macau à Taipa... tudo fecha e vai toda a gente para casa, o que para os mais necessitados de um dia em casa a ver "aquele" filme é sempre uma maravilha se calha a meio da semana.

Durante estes 3 anos de Oriente, já tivemos vários tufões sinal 8 e apenas um com sinal superior. As ruas ficam alagadas, a chuva entra pelas frinchas das janelas e portas das casas, caem árvores e sinais de trânsito e a cidade fica um caos!

O Chanthu apenas justificou, à hora a que escrevo este post, o sinal T1 estando previsto o sinal T3 para o meio da tarde.

Estamos na época deles... e este é o segundo do ano! Eles vêm aí!!!

Wednesday, July 14, 2010

Kuala Lumpur

E aí está.... Estava na lista do "Falta" e amanhã vai passar ao "Já há"!

A Sra. Sun Tzu, juntamente com outros representantes da empresa onde trabalha, foi para a capital da Malásia. Uma feira internacional de casinos, resorts, arquitecturas e coisas que tal foi o motivo de tal deslocação.

Desde Terça feira que Sun Tzu está só... e para ajudar à festa a nossa empregada Lita demitiu-se!

Ou seja, em vez de aproveitar a solidão para ver aqueles filmes que a Sra. Sun Tzu não gosta, ou jogar playstation ou ir correr às 10 da noite não... Sun Tzu, vai para casa fazer a lide... lavar a loiça, pôr a roupa a lavar, pendurar a roupa, passar a roupa, enfim... aquelas tarefas que felizmente deixei de fazer quando vim para cá... e confesso não ter saudades nenhumas! Um saco!!!

Mas é já amanhã que Sun Tzu se junta à sua mulher em Kuala Lumpur. Chego pelas 8 da noite e regressamos os dois no domingo, lá pelas 4 da tarde. Temos este tempo para conhecer a capital e vamos tentar muito ir até Malaca. Depois eu conto as novidades.

Friday, June 18, 2010

Finalmente bom tempo!!!

Finalmente!!!
Apesar de ser Sábado e dia de trabalho (Sábado sim, Sábado não, da parte da manhã, lá estou eu com os costados no escritório), ninguém nos tira uma tarde da sol e piscina .
Há muito tempo que esperamos por um dia assim que muito tardou a aparecer. Estamos a meio de Junho e só agora vamos pela primeira vez no ano à "nossa" piscininha privada!!!


Na verdade não temos a sorte de poder usufruir da piscina do nosso prédio (não há!!) como muitos outros ilustres compatriotas... por isso, somos "obrigados" a ir até à Taipa e por 100 pataquinhas podemos passar o dia inteiro espraiados nas cadeiras, espreguiçadeiras e poltronas disponíveis à beira da Piscina.

Ao final da tarde, quando está mais fresquinho, jogamos uma partida de ténis seguida de mais um mergulho refrescante.
A ver se amanhã está assim também! Mas hoje, então, um bom dia para nós!!!!

A Festa de Tung Ng

No quinto dia do quinto mês do ano de calendário lunar é o Tung Ng (Festa dos Barcos-Dragão). Por isso, em Macau, há pessoas que chamam a esta festa “Duplo Cinco”.

A Festa decorreu no passado fim de semana e terminou na quarta feira, dia 16 de Maio. Sun Tzu e mulher sairam de casa para ver as entusiasmantes corridas dos Barcos Dragão.
Esta festa é uma homenagem ao poeta Qu Yuan. A lenda sobre o Tung Ng remonta ao período de Primavera e Outono e ao período dos Reinos Combatentes. Consta que um alto funcionário do reino de Chu, de nome Qu Yuan, muito fiel à corte, viu uma sua proposta recusada pelo rei várias vezes, foi incriminado falsamente pelos traidores e o rei mandou-o para o exílio.
No ano 278 A.C., soldados de Qin invadiram a capital de Chu, ele lançou-se ao rio Miluo, pondo termo à vida.
Os habitantes locais, com grande estima pelo poeta, remaram nos seus barcos de madeira para o local onde o poeta se lançara às águas para recolher o seu cadáver e para evitar que os peixes se atirassem ao corpo de Qu Yuan, lançaram ao rio bolos de arroz envoltos em folhas de banana.

A lenda tem algumas variantes: uns dizem que o lançamento dos bolos de arroz à água se destinava a atrair os peixes para outros lugares, permitindo assim ao cadáver do poeta não servir de repasto aos peixinhos; outros dizem que os bolos de arroz lançados eram para o poeta comer e, por isso, estes bolos estavam envoltos em folhas de banana para evitar que os peixes os comessem.
Qualquer que seja a origem da lenda, este tipo de bolos de arroz tornaram-se, progressivamente, numa delícia denominada “chong”, uma das especialidades favoritas durante a Festa dos Barcos-Dragão.

Não foi desta que provamos os chong. Um tapau de arroz e caril serviu de almoço por volta das 3 da tarde.

Tuesday, June 15, 2010

Ai está o Mundial!!!

Nada como o Mundial de Futebol para nos tirar da rotina diária que o emprego e as responsabilidades de um bom Pater Familias nos trazem!
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E é já hoje que Portugal entra em campo para defrontar a Costa do Marfim. Para além da alegria dos jogos propriamente ditos, uma coisa mais entusiasma Sun Tzu. A caderneta dos cromos editada, desde sempre, pela Panini. Pois é, mesmo com 31 anos não deixei de passar umas belas horas folheando a linda caderneta, colando os cromos e, tal qual um catraio, ir à tabacaria comprar resmas de carteirinhas.
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Faltam-me 3 cromos para completar a coleção de 640 autocolantes com as caras dos jogadores de futebol das selecções participantes, com os estádios do campeonato e mais uns quantos alusivos ao grande evento do desporto rei... e muito à custa da ajuda das irmãs (!) de Sun Tzu.
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E prontos, vamos ver a bola em casa de uns amigos, vestidos a rigor e acompanhados das Tsing Taos e demais petiscos que um evento como este impõe.
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O jogo dá em directo pelas 10 horas da noite, transmitido pela TDM, que espetacularmente comprou os direitos de transmissão de todos os jogos!!! Vai ser uma barrigada de futebol!!!
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Força Portugal!!!

Friday, June 11, 2010

Férias... preciso de férias!

Depois de Pequim, pela Páscoa, voamos para a Pátria Lusitana na primeira quinzena de Maio. A desculpa foi um casamento de um grande grande amigo de Sunt Tzu... tão grande que é um quasi quasi um irmão... conhecemo-nos desde os 4 anos... E lá fomos, de 29 de Abril a 15 de Maio!

Bom, as idas a Portugal são sempre a verdadeira estafeira. Vai práli, vai prácolá. Sempre a correr. Almoço com um, lanche com outro, jantar com mais outro... Ninguém fica satisfeito com as nossas visitas de médico... tantas são as solicitações que o tempo de que dispomos nunca chega para nada... e ainda por cima temos de ouvir dos amigos e da família: "tão pouco tempo?" ou então "ah, com o fulano estiveste uma tarde inteira e connosco só almoçaste!" e ainda o típico "já vais embora???".
Bem sabemos que são as saudades a falar e por isso ficamos contentes por nos quererem por perto.

Mas a modos que, quando voltamos de Portugal vimos mesmo mesmo a precisar de férias... daquelas de papo para o ar, sem fazer nada. Deitadinhos na praia de água azul turquesa em que, a um breve levantar de braço, logo um disponível e simpático empregado nos acode na nossa quase mortal necessidade de um batido de ananás!! Ai o que eu não dava por uns dias desses agora.
Enfim... acho que só lá para Outubro. Isto se a Sra. Sun Tzu conseguir tirar uns diazinhos para riscarmos da nossa lista de "faltas" o Vietnam.

Até lá, resta-nos rezar por bom tempo que nos permita, aos fins de semanana, ir dar um mergulho na piscina do Rengency... É que nem isso temos conseguido fazer! Chiça!!!

Wednesday, April 21, 2010

Ainda com a cabeça em Pequim...

O hino da República Popular da China, denominado "A marcha dos voluntários", foi escrito no ano de 1934. Tian Han é o autor da letra e a música foi composta por Nie Er. É a modos que uma "A Portuguesa" simplificada e mais curta. Vejam e ouçam!


起来!
不愿做奴隶的人们!
把我们的血肉,
筑成我们新的长城!
中华民族到了最危险的时候,
每个人被迫着发出最后的吼声。
起来!
起来!
起来!
我们万众一心,
冒着敌人的炮火,前进!
冒着敌人的炮火,前进!
前进!前进!进!


Qǐlái!
Búyuàn zuò núlì de rénmen!
Bǎ wǒmen de xuèròu, zhùchéng wǒmen xīn de chángchéng!
Zhōnghuá mínzú dàoliǎo zuì wēixiǎn de shíhòu.
Měi ge rén bèipòzhe fāchū zuìhòu de hǒushēng.
Qǐlái!
Qǐlái!
Qǐlái!
Wǒmen wànzhòngyìxīn,
Màozhe dírén de pàohuǒ, qiánjìn!
Màozhe dírén de pàohuǒ, qiánjìn!
Qiánjìn! Qiánjìn! Jìn!


Em Português:
Levantai-vos!
Vós que recusai a escravatura!
Com o nosso sangue e carne construiremos uma nova Grande Muralha!
A Nação Chinesa está num momento crítico.
E de cada peito lança-se o último clamor:
Levantai-vos! Levantai-vos! Levantai-vos!
Nós, os milhões de corações que batem em uníssono,
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!Marcharemos! Marcharemos!

Film Directed, Recorded and Produced by Sun Tzu

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Beijing em 3 dias


Aproveitamos os feriados da Páscoa e rumamos à Capital do Império do Meio.

Iriam ser 3 dias e meio para, numa correria, ver tudo o que nos fosse possível visitar… esse era o nosso espírito.

O voo, a sair de Macau, estava marcado para as 19h40 no dia 1 de Abril. Às 5 da tarde a Yolanda (a senhora da agência de viagens onde compramos os pacotes da Air Macau) liga-me dizendo que o avião iria partir só às 20h30. Ainda bem, pensei eu. Estava no meio de um projecto urgente no escritório e assim teria mais tempo para ajudar a resolver o problema de um cliente nosso.

Bom, atraso puxa atraso e só lá pelas 23h é que partimos depois de nos fartarmos de esperar no nosso Lounge oferta do cartão de crédito BNU.

Três horas e meia depois aterrámos no aeroporto internacional de Pequim. Apanhamos um táxi directamente para o Hotel e, lá chegados, metemos uma sandes na boca e fomos dormir. Eram umas 3 e tal da manhã!
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Dia 1

Acordamos no dia seguinte para tomar o pequeno-almoço. Saímos pouco depois. Vimos no mapa que a Cidade Proibida, o primeiro sítio que tínhamos combinado ver, ficava relativamente perto do nosso hotel. Maravilha, pensamos. Vamos a pé que no mapa são apenas 3 dedos de distância…. Demoramos hora e meia a lá chegar… Habituados a ver mapas com escalas bem menores, fomos à aventura e fartamo-nos de andar….

Depois do “passeio” até Tian Amen, demo-nos conta da enormidade daquela cidade com 17 milhões de habitantes… uma loucura!

Chegados à praça de Tian Amen, em frente às Portas para a Cidade Proibida, a sensação foi… ficar sem palavras e ficar a admirar aquele local, tantas vezes visto na Televisão. Palco de inúmeros acontecimentos históricos, por vezes trágicos.

Deixo as fotos na esperança de que o ditado – uma imagem vale mais que mil palavras – tenha razão!
Seriam umas 4 da tarde quando chegamos ao extremo oposto da Cidade Proibida. Num espaço de poucas horas deveremos ter andado aí uns bons 8 Kms…Estávamos estourados.
Voltamos a Tian Amen, mais um Km a pé, em busca de um táxi que nos levasse até ao Hotel onde pensávamos descansar e retemperar forças antes de ir ao mercado da seda.
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Acabamos por ir de metro onde pudemos assitir ao "espetáculo" que aquilo é. O senhores de azul estão a controlar entradas e saídas dos passageiros... quando toca a corneta e as portas começam a fechar tratam de empurrar a malta lá para dentro, autêntica lata de sardinhas...
O nosso corpo acabou por pedir mais do que um par de horas de relaxe e acabamos por adiar a ida ao mercado para sábado, domingo ou segunda.
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Dia 2

No Sábado de manhã, novamente pelas 10h, acordamos, comemos e saímos. Íamos visitar a Muralha da China, outro daqueles sítios míticos e, segundo a lenda, a única construção humana que pode ser vista da Lua.

Procuramos evitar os locais de visita mais bonitos arranjados e, por isso, apinhados de turistas. Arranjamos um táxi que nos levaria até a um ponto mais isolado da muralha, a 90 Kms a norte de Pequim, ficaria à nossa espera enquanto saboreávamos a Great Wall e nos levaria de regresso ao hotel.

Devia ser meio-dia quando chegamos a uma aldeola, em aparatosas obras de construção civil que lhe permitisse receber hordas de turistas. Na verdade, escolhemos o local com base num guia “Lonley Planet” de 2007…quase caduco tendo em conta as mudanças sofridas em Pequim e arredores com os Jogos Olímpicos de 2008…. Mas não fomos assim muito “enganados”.

Não encontramos muitos turistas (talvez uns 15 a descer da muralha) e os poucos que havia lá em cima eram todos chineses.... o que acaba por não contar!

A aldeia ficava no sopé das montanhas, junto a uma barragem, cuja albufeira estava gelada! Percebia-se que a muralha foi substituída pela barragem, na parte do rio, mas que continuava a subir pelos montes de um lado e de outro. Olhamos para cima, no cimo de uma montanha avistamos uma “casa dos guardas” e decidimos… vamos ate lá a cima.

Tínhamos calçado próprio, máquinas fotográficas e de filmar na mochila, uma garrafa de água e umas bolachas para ir acomodando o estômago. Começamos a subir pela muralha, muito destruída… era só um muro com 3 metros de espessura e as pedras que outrora compunham a muralha e ameias estariam hoje na base de muitas das casas da aldeia.

Demoramos umas boas 3 horas a subir. Por entre calhaus, com um enorme precipício à esquerda e o lago gelado ao fundo, sem amaras ou ameias de protecção… Quase no topo, com uma forte inclinação, a muralha estava quase destruída e apenas pelo lado direito se conseguia subir com cuidado…. A verdade é que quem olha de baixo para cima a coisa até parecia acessível… A Sra. Sun Tzu avisou… “não vamos por aí”… O valente Sun Tzu fez ouvidos moucos….e foi na frente.

Estava um grupo de 5 chineses em cima, na parte segura, falando connosco e oferecendo uma corda para nos ajudar…pareciam assustados face à insistência deles.

Lá subi e, estando já a salvo, olho para baixo, vejo a minha mulher a trepar e só aí me dou conta do perigo que ela corria… uma escorregadela e, numa queda de uns bons 900 metros, iria confirmar se o lago estava de facto gelado… tive medo e o meu coração bombeava sangue à velocidade de um cavalo de corrida…foram 5 minutos de suspense… põe o pé ali… segura-te acolá… vem antes por aqui…tem cuidado… essa pedra está solta… só de me lembrar fico tenso!

Passado esse stress que bem dispensava, era altura para, no cimo da montanha e em plena muralha da China, aproveitar o momento. Os nossos amigos chineses foram embora pouco depois de termos chegado e ficamos com o espaço só para nós… por uma hora…. Tiramos fotos, filmamos, fumamos um cigarro e ficamos calados a ouvir o nada! Extraordinário!

Descer seria mais fácil….mas, a meio do caminho cabia-nos escolher entre o caminho da direita e o da esquerda… escolhemos o último… andamos mais uma hora à custa do engano… de facto, a esquerda nunca agoira boa coisa!

Pelas 5 da tarde, arranhados, sujos e porcos, esfomeados., paramos num restaurantezinho manhoso onde comemos um arroz, uma omeleta e galinha… O animal vinha cortado aos pedaços pequenos e não se sabia se o que se estava a comer era peito, coxa, asa… no meio do ensopado, lá encontro um parte que identifico como a pernoca do frango… meto os pauzinhos pego no pedaço e vejo que se tratava da cabeça do galináceo… Rimos às gargalhadas!!! Ao fim de quase 3 anos no Oriente já não nos deveríamos surpreender com estas coisas, mas é quase inevitável!

No fim do repasto, o nosso táxi aguardava por nós… fomos quase a viagem toda a dormir.

Esta última foto retrata o troço perigoso da escalada...
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Dia 3

Acordamos orgulhosos do nosso feito do dia anterior… escalamos literalmente a muralha da China… hoje, Domingo, iríamos ter um programa mais tranquilo – o Palácio de Verão – Versailles do Oriente!

Não há muito que contar, a não ser que, como quase tudo naquela cidade, é uma coisa monstruosa… O local para onde a família imperial se deslocava para fugir ao calor tórrido do verão. Por ser dia de descanso, fomos encontrar milhares de chineses a passear, almoçar, visitar….Deixo algumas fotos.

Nesse dia aproveitamos também para visitar o mercado da seda… um edifício de 7 andares com corredores de lojas e lojinhas a vender as sedas e tudo o mais que se possa imaginar. Os preços para os turistas estão inflacionados uns bons 500% e com pena vimos muito bife a ser levado nos preços que “orgulhosamente” conseguiam negociar com os vendedores. Na conversa com uma chinesa e depois de lhe dizer que abusavam nos preços que pediam à cabeça, a senhora dizia…Mas eles pagam!!!! E de facto eles pagavam!
Dia 4

Tínhamos o voo de regresso para as 4 da tarde o que queria dizer que à uma da tarde teríamos de sair do hotel, uma vez que a viagem de táxi demorava uma hora e tal…

Contávamos, por isso, em aproveitar a manhã para ir visitar o Templo do Céu e o mercado das antiguidades para mais umas compras e recuerdos.

Mas não… era uma da tarde quando acordamos, sem nunca termos ouvido os 2 despertadores que furiosamente terão tocado aos nossos ouvidos…. Saímos a correr. Apanhamos um táxi e pouco depois estávamos no aeroporto.

Embarcamos à hora prevista mas, quando nos preparávamos para levantar voo, o comandante avisa-nos que teremos de esperar pela nossa vez…. Esperamos hora e meia dentro do avião!!! Que saco!!!!

Chegamos a Macau quase às dez da noite… estávamos em casa pouco depois… metemos um pão na boca e fomos dormir, estourados, certos de um dia voltarmos a Pequim e adormecemos com um sorriso na cara!
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PS: De acordo com o nosso guia "Lonely Planet", a muralha da china não se vê da Lua. Facto confirmado por um astronauta chinês, em 2004, aquando de uma visita ao espaço. Acrescenta o dito guia que a muralha não é vista tal como não o são as auto-estradas que existem no mundo... Do espaço, pelos vistos, é até difícil identificar os próprios continentes.... Enfim, a queda de um Mito!