Monday, September 14, 2009

Os dois em Bali e Gili Island e o percalço de Lombok I

Outubro de 2008. A nossa primeira oportunidade para fazermos uma viagem mais longa. Até então nunca tínhamos ultrapassado a barreira dos 5 dias. Agora ia ser a loucura… 12 dias de férias na Indonésia. De 26 de Setembro a 7 de Outubro!

O destino foi aconselhado por muita gente. Bali e Gili Islands são dos destinos favoritos aqui das redondezas. A viagem em si é um pouco complicada por causa dos horários dos aviões e pelas escalas que somos obrigados a fazer, mas vale a pena, dizem!

As férias estavam programadas da seguinte forma: 4 noites em Uluato no sul da ilha, 1 noite em Seminyak, um pouco mais acima para evitar a confusão de Cuta, 3 noites em Ubud, no centro da ilha e, por fim, mais 3 noites nas Gili Islands – umas ilhazinhas pequeninas, adjacentes a uma outra de nome Lombok – para onde iríamos de barco partindo de Bali.

Então foi assim:

Sexta-feira, pelas 21h30 saímos do Aeroporto Internacional de Macau com destino a Jakarta onde faríamos escala. Antes da partida ainda fizemos o nosso tempo de espera no já vosso conhecido lounge onde pudemos comer um chao min, um arroz frito e beber uma Tsing Tao.

Depois de um voo de mais ou menos 4 ou 5 horas chegamos à capital do maior país muçulmano do mundo. Deveriam ser quase duas da amanhã quando lá chegamos. O voo até Bali só partia pelas 7 da manhã o que queria dizer que tínhamos 5 horas de espera pela frente.

Bem, o aeroporto é, em bom vernáculo português, uma valente merda! Sujo, cheio de gente, sem ter um sítio de jeito onde pudéssemos estar minimamente confortáveis. Ainda passamos pelo hotel do Aeroporto, mas os preços impediam qualquer tipo de estadia por apenas 5 horas. Esperamos, acordados, no McDonald’s lá do sítio. Que pardieiro que aquilo era… com a agravante de sermos os únicos bifes àquela hora nas portas do aeroporto e por isso um chamariz para todo e qualquer taxista que à força nos queria levar para qualquer lado. Lá pelas 6 da manhã apanhamos um táxi (felizardo) que nos deixou ao terminal dos voos domésticos e, ao invés do internacional, até tinha bem melhor aspecto. Lá apanhamos o voo e passadas duas horinhas aterramos em Bali.

Bali, é uma das centenas de ilhas da Indonésia. Num país maioritariamente muçulmano, esta ilha é, por sua vez, maioritariamente hindu. Um oásis no meio do deserto… uma bomba de gasolina no meio da auto-estrada…uma garrafa de água em Marrocos…enfim, já perceberam a ideia!

A ilha é um dos destinos de férias preferidos dos australianos mas onde se pode encontrar gente de todo o lado. Um dos locais sagrados para a prática do surf, Bali foi alvo de um grande atentado terrorista em 2002. Tem um aeroporto pequenino, mas muito simpático, típico de destinos tropicais e turísticos. Aí, esperava-nos um carro que nos levou até ao nosso primeiro destino, Huluato.

Chegamos a Uluato mesmo a tempo de tomar um pequeno-almoço maravilhoso. Ficamos instalados num resortezinho, no meio do nada, no cimo de uma escarpa com uma praia quasi-deserta em baixo. Com uma piscina apetitosa, o hotel era o ideal para dormir, ler, relaxar, descansar. Foi o que fizemos nos 2 primeiros dias. Ora descíamos até à praia, ora ficávamos a lagartar pela piscina.

Os bungalows encontravam-se contruidos em jardins de relva impecavelmente cortada e devidamente limitada por cercas de madeira. Havia um sofá no meio do jardim e uma varandinha deliciosa com duas poltronas. Durante as noites tivemos a companhia dos sons da natureza e de uma osga de 30 cm que não parava de cantarolar.

Passados 2 dias e já com energias carregadas decidimos explorar as redondezas. Para isso alugamos uma acelera. Que belos passeios nós demos. Visitamos as praias nos arredores onde experimentamos um surf. Conhecemos as vilazinhas. Fomos até a um grande templo já tomado pela natureza e que estava cheio de macacada! Foram 4 dias muito bons de descanso e recuperação de forças.

Daí, fomos até Seminyak. Um local mais turístico e urbano mas não tanto quanto Cuta – local onde se deu o atentado de 2004 e que está recheado de turistas, restaurantes, bares, hotéis e lojas. Aí ficamos apenas uma noite. Tivemos sorte no hotel onde ficámos uma vez que, na falta do quarto económico que tínhamos reservado, fizeram-nos um upgrade e ficámos melhor instalados. O quarto/casa tinha tudo. Uma varandinha com alpendre, cozinha no interior e a casa de banho ficava no exterior… aquilo é que foi sentir a natureza!

A zona onde ficamos – Seminyak – é apenas uma das muitas localidades que se encontram numa grande, grande praia. Era de areia, ao invés da praia de Uluato que era de rocha… não de coral, mas rocha por baixo de água. Aí foi mais fácil “surfar” pois o risco de cair e partir a cabeça era menor.

Assistimos a um por do sol incrível num bar/restaurante very fashion. Enquanto lá estivemos a beber uma cerveja, estava a decorrer, numa área reservada, um casamento escocês. Havia malta de kilt e tudo. Ele há cada um…! E com aquele calor…

No dia seguinte, partimos rumo a Ubud.

To be continued…