Saturday, November 28, 2009
Friday, November 27, 2009
Para donde nos levais....
Está quase....mas pra donde nos levais???
Os dois em Bali e Gili Island e o percalço de Lombok II
Iriam ser três dias no centro da ilha numa cidadezinha maravilhosa.
O nosso hotel encontrava-se submerso por floresta numa das margens de um ribeiro que começava à beira da estrada e descia até lá em baixo (uns bons 100 metros). Havia caminhos, escadinhas, bungalows, piscinas, o SPA, os bares… tudo espalhado pela floresta a baixo até chegar ao rio. Encantador.
Ficámos contudo um pouco longe do centro da cidade o que nos obrigava a ir de táxi sempre que queríamos ir à “baixa”.
Tínhamos marcado para um dos dias um recomendadíssimo passeio de bicicleta que começava com pequeno-almoço junto ao vulcão. Passaríamos a manhã a “ciclar” por vastos campos de arroz, alguns fazendo lembrar as vinhas do alto douro, visitando aldeias rurais onde as pessoas vivem hoje como viviam há 500 anos, vendo aqui e ali lutas organizadas de galos.
O passeio inclui um almoço reconfortante e recuperador das energias gastas no passeio… foi uma estopada.
Mesmo antes de pararmos para comer, o guia, fazendo sinal stop à marcha, perguntou-nos se queríamos fazer a subida de bicicleta (30 minutos) até ao local do almoço… quem não quisesse iria numa Hiace até ao repasto… ninguém se recusou… Importa referir que eu e a minha mulher éramos dos mais novinhos do grupo o qual incluía septuagenários.
A bem da verdade e em forma de desculpa, posso dizer que aquela porra subia mesmo… começando lentamente a ficar para trás no grupo a minha mulher, esforçada, mas exausta pelo calor que se fazia sentir foi recolhida pelo “carro lixo” que acompanhava o grupo no fim do pelotão.
Mal calçado, cansado e estourado morri na praia no início da grande subida antes da paragem… e também eu sofri a humilhação de chegar à meta na ambulância que levava os desidratados e amadores ciclistas. Uma vergonha… quando me perguntavam depois de onde era, ser espanhol, naquela altura, não me parecia mal!
No final do passeio, estava incluída uma visita à “Monkey Forest”… uma floresta infestada de macacos que subiam em cima da turistada excitada em busca das bananinhas e bolachas escondidas. Enganados na localização da floresta e por acharmos estarmos perto do nosso hotel, desistimos da boleia do guia… maldita a hora… demoramos 2 horas a chegar ao nosso descanço.
Em Ubud pudemos também assistir ao ar livre a um espectacular teatro/danças/musica Balinense. Aquela forma de dançar, a música inebriante e o ambiente asfixiante levavam os bailarinos vestido de forma assustadora e com máscaras horrendas a entrar, pouco a pouco, em estados de quasi êxtase até que…. Até que veio uma chuvada e acabou com o espectáculo.
Na véspera de irmos embora, fazíamos as malas contentes por partirmos para mais um destino desconhecido, as Gili ISlands. Pela manhã seríamos recolhidos por volta das 10 da manhã por uma outra Hiace que nos levaria do hotel em Ubud a um dos portos de Bali donde embarcaríamos rumo às mini ilhas junto a Lombok (ilha grande, junto a Bali, e que, ao invés desta cuja população era maioritariamente Indu, ali 85% da malta era seguidora do Grande Profeta).
Às nove da matina ligam-nos dizendo que o barco que nos levaria até as Gili tinha sido cancelado uma vez que o porto de onde partiria encontrava-se fechado… sem alternativas marítimas, que bem procurámos ligando para toda e qualquer agência de viagens de Bali, decidimos ir de avião até Lombok donde sairíamos até às Gilis num Long Tail…
Esta alteração involuntária de planos obrigava-nos a ter de arranjar transporte de Ubud até ao aeroporto (2 horas de viagem) e depois, já em Lombok, outro transporte do aeródromo até ao cais de onde partiam as lanchas até às Gili.
Na correria de encontrar maneira de irmos até às Gili, acabamos por contratar com uma agência de viagens do centro de Ubud quer os voos quer o transporte até ao aeroporto. Iríamos de carro cujo condutor era o cunhado do homem que nos atendeu e vendeu as passagens.
Chegados ao aeroporto sem grandes sobressaltos, embarcamos numa daquelas avionetas com 20 lugares e a hélices… meia hora depois aterrávamos em Lombok.
À saída, encontrámos balcões com cartazes promocionais de ligação às Gili que incluía a viagem até ao cais e a passagem de barco. Começamos a fazer perguntas sobre preços e horários estando ao nosso lado um casal de italianos que já recebidos por um guia pré-contratado preparavam-se para partir com destino às micro ilhas. Acabamos por lhes pedir boleia, uma vez que o transporte deles já estava pago.
O guia ainda tentou, em vão, extorquir-nos algum dinheiro... e preparados para pôr as malas no carro, o homem do balcão com quem tínhamos estado a falar interpela-nos e inicia uma acesa discussão com o guia e com o condutor do carro que nos levaria até ao cais e o ambiente começa a ficar tenso… Perguntando ao guia o que se passava, acabou por ser o motorista, com o medo estampado na cara, a responder-nos: “if I take you, they will burn my car” ao mesmo tempo que se juntava à nossa volta um conjunto de caras mal humoradas.
Para evitar conflitos e não prejudicar os nossos “amigos” italianos, acedemos em ir com o transporte do nosso amigo do balcão.
Entramos num táxi, cujo motorista era um gordo que pesaria uns bons 150 quilos, estávamos tensos e irritados com mais um revés, mas a viagem de uma hora correu sem percalços…até chegarmos perto do dito cais.
Fomos em comboio com os italianos até que, já perto do cais, vimos o carro deles abrandar ao sinal de um sujeito… sem chegar a parar o carro da frente passou… o nosso não… e foi com medo que vimos os italianos a irem embora embora!
Um homem aborda o nosso avantajado motorista e trocando umas palavras com ele que não pudemos entender, exige-nos dinheiro para passarmos… num relance, olhei ao nosso redor e vi mais dois “caras” na berma da estrada atentos ao que se sucedia…vi o nosso camarada motorista enrascado com a situação…
Passaram-me pela cabeça as imagens dos massacres em Timor que se seguiram ao referendo… a malta de motas, lenços na cara, catanas a vibrar nos braços, estradas cortadas… imaginei as piores consequências caso houvesse confusão e me negasse a dar… era um euro em moeda local…paguei… só nos queria ver longe dali!
Seguimos aliviados mas completamente alterados… até que somos obrigados a parar novamente uns 500 metros mais à frente… novamente abordados por outro “índio” queriam obrigar-nos a comprar os bilhetes de barco na sua “lojinha”…”we have tickets already!!! We have tickets already!!!” foi o que me saiu da boca ao mesmo tempo que apontávamos para o cais… contrariado o selvagem lá nos deixou seguir viagem.
Chegados ao cais encontramos o casal de italianos… relaxados, tranquilos… em lua de mel!!! Juntamo-nos a eles como lapas enquanto esperávamos a vinda do guia que foi tratar de arranjar um barco para nos levar até as Gili… a espera de 10 minutos pareceu de horas.
Enquanto aguardávamos, fomos rodeados por um bando de miúdos que não teriam mais de 15 anos, e metiam conversa… “Where are you from?” “what do you have for me?” “Portugal?, Cristiano Ronaldo…Do you have Portuguese money… We know you have… give us just one coin”
Numa situação normal e sem os acontecimentos anteriores a canalha era despachada com um brusco “No”… ali, pareciam cães que nos sentiam a apreensão…
O guia lá chegou e em dois pulos entramos para o barco… acabamos por não pagar a viagem uma vez que o rapaz que antes nos tinha tentado sacar umas massas, apiedado agora, ofereceu-nos a viagem.
Era fim do dia quanto chegamos à Gili, a maior de três ilhéus a uma distancia de 2 milhas de Lombok. Tratamos logo de comprar os bilhetes de regresso directamente para Bali… num barco rápido, estaríamos no aeroporto em duas horas.
De tão pequena, a ilhota não tem estradas, carros, motas, polícia… o único meio de transporte existente eram as carrocinhas com uns burritos, as bicicletas e as pernas… electricidade funcionava a gerador e a água era fornecida à ilha através de barcos contentores.
Hoteizinhos meio manhosos espalhados pela “rua” principal da ilha intercalados por restaurantes, bares e a praia…
O tempo estava óptimo, a praia era deliciosa e as paisagens fantásticas. O ambiente dos frequentadores era assim um bocado selvagem… Sem controlo qualquer das autoridades, não faltavam oportunidades para quem queria consumir substâncias que em qualquer outro lugar do sudoeste asiático daria pena de morte.
Passaríamos 3 dias de descanso sem que conseguisse evitar, como já vem sendo habitual em férias, ficar meio febril e ter de procurar a reconfortante sombra.
Num dos dias, demos a volta à ilha… arranjamos umas biclas, e numa hora estaríamos de regresso ao nosso ponto de partida… estava a anoitecer… o piso, grande parte de areia, impossibilitava um percurso tranquilo de viagem pelo que tivemos de a fazer, muitas vezes – demais na opinião da minha mulher que contrariada e um pouco resmungona lá veio fazer o passeio comigo – a pé de braço dado com a bicla.
Os dias passaram tranquilos e acabamos por conseguir desanuviar a tensão da viagem por Lombok até ao nosso último destino… dali partimos para Bali, depois para Manila e por fim, Macau.
Era um barquinho pequeno… aberto…estreito… levava 18 pessoas, espalhadas em bancos de frente e costas de ambos os lados da embarcação… entramos em último lugar e coube-nos ir de costas nos lugares fronteiros.
No início, toda a gente gostava das vagas e gritávamos “hhhuuuôôôô” a um balanço mais rigoroso do barco… passados 15 minutos, a malta calou o pio… Duas horas de suplicio que se estendidas em mais 5 minutos faria toda a gente devolver à terra o pequeno almoço da manhã.
A cara das pessoas era transparente de tão branca e bastaria que uma tivesse tido a iniciativa de sossegar o estômago que eu e todos os outros de imediato lhe seguiríamos o exemplo.
Lá embarcamos para Manila e de lá para Macau. Os voos foram bons. Chegamos a casa como sempre cansados. Metemos um pão à boca e deitamo-nos, mais uma vez, com a barriga cheia das recentes aventuras mas desta vez com um sorriso meio amarelo na cara.
Monday, September 14, 2009
Os dois em Bali e Gili Island e o percalço de Lombok I
O destino foi aconselhado por muita gente. Bali e Gili Islands são dos destinos favoritos aqui das redondezas. A viagem em si é um pouco complicada por causa dos horários dos aviões e pelas escalas que somos obrigados a fazer, mas vale a pena, dizem!
As férias estavam programadas da seguinte forma: 4 noites em Uluato no sul da ilha, 1 noite em Seminyak, um pouco mais acima para evitar a confusão de Cuta, 3 noites em Ubud, no centro da ilha e, por fim, mais 3 noites nas Gili Islands – umas ilhazinhas pequeninas, adjacentes a uma outra de nome Lombok – para onde iríamos de barco partindo de Bali.
Então foi assim:
Sexta-feira, pelas 21h30 saímos do Aeroporto Internacional de Macau com destino a Jakarta onde faríamos escala. Antes da partida ainda fizemos o nosso tempo de espera no já vosso conhecido lounge onde pudemos comer um chao min, um arroz frito e beber uma Tsing Tao.
Depois de um voo de mais ou menos 4 ou 5 horas chegamos à capital do maior país muçulmano do mundo. Deveriam ser quase duas da amanhã quando lá chegamos. O voo até Bali só partia pelas 7 da manhã o que queria dizer que tínhamos 5 horas de espera pela frente.
Bem, o aeroporto é, em bom vernáculo português, uma valente merda! Sujo, cheio de gente, sem ter um sítio de jeito onde pudéssemos estar minimamente confortáveis. Ainda passamos pelo hotel do Aeroporto, mas os preços impediam qualquer tipo de estadia por apenas 5 horas. Esperamos, acordados, no McDonald’s lá do sítio. Que pardieiro que aquilo era… com a agravante de sermos os únicos bifes àquela hora nas portas do aeroporto e por isso um chamariz para todo e qualquer taxista que à força nos queria levar para qualquer lado. Lá pelas 6 da manhã apanhamos um táxi (felizardo) que nos deixou ao terminal dos voos domésticos e, ao invés do internacional, até tinha bem melhor aspecto. Lá apanhamos o voo e passadas duas horinhas aterramos em Bali.
Bali, é uma das centenas de ilhas da Indonésia. Num país maioritariamente muçulmano, esta ilha é, por sua vez, maioritariamente hindu. Um oásis no meio do deserto… uma bomba de gasolina no meio da auto-estrada…uma garrafa de água em Marrocos…enfim, já perceberam a ideia!
A ilha é um dos destinos de férias preferidos dos australianos mas onde se pode encontrar gente de todo o lado. Um dos locais sagrados para a prática do surf, Bali foi alvo de um grande atentado terrorista em 2002. Tem um aeroporto pequenino, mas muito simpático, típico de destinos tropicais e turísticos. Aí, esperava-nos um carro que nos levou até ao nosso primeiro destino, Huluato.
Os bungalows encontravam-se contruidos em jardins de relva impecavelmente cortada e devidamente limitada por cercas de madeira. Havia um sofá no meio do jardim e uma varandinha deliciosa com duas poltronas. Durante as noites tivemos a companhia dos sons da natureza e de uma osga de 30 cm que não parava de cantarolar.
Passados 2 dias e já com energias carregadas decidimos explorar as redondezas. Para isso alugamos uma acelera. Que belos passeios nós demos. Visitamos as praias nos arredores onde experimentamos um surf. Conhecemos as vilazinhas. Fomos até a um grande templo já tomado pela natureza e que estava cheio de macacada! Foram 4 dias muito bons de descanso e recuperação de forças.
Daí, fomos até Seminyak. Um local mais turístico e urbano mas não tanto quanto Cuta – local onde se deu o atentado de 2004 e que está recheado de turistas, restaurantes, bares, hotéis e lojas. Aí ficamos apenas uma noite. Tivemos sorte no hotel onde ficámos uma vez que, na falta do quarto económico que tínhamos reservado, fizeram-nos um upgrade e ficámos melhor instalados. O quarto/casa tinha tudo. Uma varandinha com alpendre, cozinha no interior e a casa de banho ficava no exterior… aquilo é que foi sentir a natureza!
A zona onde ficamos – Seminyak – é apenas uma das muitas localidades que se encontram numa grande, grande praia. Era de areia, ao invés da praia de Uluato que era de rocha… não de coral, mas rocha por baixo de água. Aí foi mais fácil “surfar” pois o risco de cair e partir a cabeça era menor.
Assistimos a um por do sol incrível num bar/restaurante very fashion. Enquanto lá estivemos a beber uma cerveja, estava a decorrer, numa área reservada, um casamento escocês. Havia malta de kilt e tudo. Ele há cada um…! E com aquele calor…
No dia seguinte, partimos rumo a Ubud.
To be continued…
Tuesday, August 18, 2009
Os dois em Bali e Gili Islands e o percalço de Lombok
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Tuesday, August 11, 2009
De regresso...
Em jeito de aperitivo posso dizer que durante este periodo fiz um 5 no totoloto e que tive a sorte de viajar em executiva de Paris até Hong Kong sem pagar mais por isso.
Tuesday, July 21, 2009
Nos 4 Continentes
Monday, July 20, 2009
O Império Khmer
Numa das melhores viagens que fiz até hoje, os 5 dias que passamos no Cambodja foram extraordinários. Um país místico, história trágica, pobre e a lamber feridas do passado, o Reino do Cambodja é um dos destinos obrigatórios do Sudoeste Asiático.
A viagem foi planeada da seguinte forma. Voávamos de Macau até Bangkok e daí até Phnom Penh onde ficaríamos apenas uma noite. Da capital do Reino subiríamos de barco até Siem Reap, numa viagem que duraria 8 horas onde esperávamos romanticamente por aventuras e bons momentos. Aí ficávamos 3 noites e na quarta-feira continuaríamos a subir, por estrada, até à fronteira com a Tailândia e daí iríamos de táxi até ao aeroporto onde pelas seis da tarde embarcaríamos de regresso a Macau.
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No dia seguinte pela manhã, decidimos alterar o plano de viagem e, em vez de subirmos de barco até Siem Reap numa viagem interminável sob um sol abrasador deitados no telhado de um barco cheio de gente, em 4 horas apenas, numa carrinha de 9 lugares, chegaríamos a Siem Reap, terra de Angkor Wat!
A viagem estava marcada para as duas da tarde e até lá visitamos o palácio real, o museu da capital, o mercado central e percorremos as ruas da cidade absorvendo a sua vida. Pude reparar que os cambojanos não são tão simpáticos e amáveis como os tailandeses. De facto, a guerra e as tristezas recentes terão marcado as pessoas e isso podia ver-se nos seus rostos. Às duas da tarde lá partimos numa Toyota Hiace, com mais sete marmelos numa viagem que pouco teve de interessante.
Chegamos ao fim da tarde a Siem Reap e ficamos instalados no FCC do sítio que para além de restaurante e bar, também tinha serviço hoteleiro. Mais turística e talvez por isso mais cuidada, mais limpa e também muito menos pobre, a cidade é dividida por um rio cujas margens abarcam hotéis, restaurantes, lojas e lojinhas. Na verdade iríamos estar em Siem Reap apenas 2 dias, uma vez que sairíamos quarta-feira logo de manhã para a Tailândia. O tempo era pouco mas nesse dia nada fizemos… O passeio dos tristes e cansados e depois cama!
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Tinhamos dois tipos de “passes” à escolha, um de 3 dias e outro de 1 dia… compramos este com intenções de ver tudo o que pudéssemos. É-me difícil descrever os templos que visitámos, mas na verdade aquilo é extraordinário. Enormes edifícios de pedra lembrando civilizações antigas da America Latina, meio piramidais e labirínticos, em ruínas e carcomidos pela natureza. Completamente perdidos no meio de floresta intensa, alguns destes templos funcionavam como fortalezas, protegidos por altas muralhas e fossos de água por todos os lados… Impressionante!
Deixo-vos com as fotos que, melhor do que eu, descrevem o que vimos…. Foi um dia em cheio.
Assim, logo pela manhã de quarta-feira tínhamos o nosso amigo à espera e a primeira impressão não podia ser pior. No Cambodja conduz-se como em Portugal, pela direita, mas íamos fazer a viagem num carro com o volante à direita… bonito... a juntar à festa o Zé Manel que nos conduzia não falava ponta de inglês.
Consta que a estrada que vai de Siem Reap à Tailândia, que é uma bela merda, diga-se, está no estado que está – ou seja não está – pelo facto de companhias aéreas corromperem o poder local de forma a evitar ou atrasar as obras intermináveis na dita estrada e assim continuaram a ter o monopólio do transporte para o país vizinho.
Vejam aqui um pedacinho da viagem que tive oportunidade de filmar…
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Peço desculpa pela qualidade cinematográfica mas as condições não eram de facto as melhores.
Chegámos vivos à fronteira. Do lado de lá, encontrávamos um país mais rico, mais evoluído, mais moderno e com boas estradas. A viagem foi rápida e num ápice chegámos ao aeroporto.
Esperamos um pouco e lá embarcamos para Macau. O voo foi bom. Chegamos a casa, como sempre cansados. Metemos um pão à boca e deitamo-nos, mais uma vez, com a barriga cheia das recentes aventuras e um sorriso na cara.
Tuesday, July 14, 2009
Friday, July 3, 2009
City of Dreams
Trata-se de um investimento de milhões de milhões para construir a City of Dreams!
Uns amigos meus, envolvidos que estiveram no processo de licenciamento, financiamento e uns quantos mais “entos”, foram obviamente convidados para a 2ª inauguração – a primeira foi a abertura oficial onde também estiveram presentes e esta segunda foi mais uma festa em jeito de agradecimento para todos os que colaboraram para o sucesso do projecto.
Enfim, e como amigo não esquece amigo, lá conseguiram arranjar forma de acrescentar à lista de convidados o Sun Tzu e sua mulher para participar na After Party…
O cenário foi mais ou menos este:
Muita gente, smoking, piscina, musica, empregados vestidos de branco impecável serviam canapezinhos apetitosos, outros perseguiam os convivas com enormes garrafas de Moet Chandon, actores e modelos de Hong Kong, fotógrafos por todo o lado… e o Sun Tzu!!!
Uma vez mais em… Hong Kong
É sempre uma festa ir a Hong Kong. Tem o inconveniente da viagem de barco que, como já aqui escrevi, detesto fazer, mas vale a muito pena. Dá para desempoeirar!
Fiz a viagem sozinho, uma vez que a minha mulher e a minha irmã fora indo à frente. Como não podia deixar de ser, passei pelas brasas praticamente a viagem toda depois de pedir um cobertorzinho aos “senhores” para me aquecer do gélido ar condicionado que teima em soprar dentro do barco.
É verdade que a visita da família e amigos é sempre boa para matar todas as saudades que temos uns dos outros e para por em dia as novidades e tal.
Mas há mais uma grande vantagem que é a de aproveitarmos essas visitas para conhecermos lugares que ainda não tivemos oportunidade de conhecer.
Como para os visitantes, que não conhecem nada, é igual ir ali ou acolá, para nós, os visitados, matamos dois coelhos com um estalo só e, para além de desfrutarmos da companhia, conhecemos lugares novos também.
Esta ida a Hong Kong passou pelos lugares obrigatórios de visita. Os restaurantes do Soho, os bares de Lan Kwai Fong, a viagem de ida e volta para o Stanley Market, a Times Square, o IFC Building, etc etc etc.
Mas desta feita aproveitamos para ir pela primeira vez ao Victoria Peak através de um eléctrico-elevador que nos levou até lá cima. O ponto mais alto da ilha de Hong Kong donde se pode ver “tudo” à nossa volta. Desde o topo dos enormes arranha-céus em Central, o porto acolhendo o Elizabeth em Kowloon, as praias do lado oposto, uma vista, como diz um amigo meu, super espectacular!!!
De resto o fim-de-semana não teve assim nada mais de extraordinário. Claro que convém não esquecer as importantes visitas que fizemos ao bar russo onde se servem uns shots de vodka (há de todos os sabores e mais alguns… chocolate, morango, melão, limão… enfim) dentro de uma arca frigorífica para a qual não se consegue entrar sem uns casacos de pele que estão à disposição dos clientes.
E assim passamos o fim-de-semana, a conhecer e a dar a conhecer Hong Kong. No domingo, a meio da tarde, fizemos o check-in no IFC Building, onde, depois de jantarmos e bebermos umas Tsing Taos, apanhamos o comboio para o aeroporto.
Depois da despedida, às dez da noite de domingo, ainda nos esperava uma viagem de comboio até Central e uma hora no famigerado Jet Foil até Macau.
Com a segunda-feira à porta e uma semana de árduo labor pela frente, chegamos a casa cansados e de barriga cheia com mais um fim-de-semana de passeio… e fomos dormir com um sorriso na cara.
Wednesday, July 1, 2009
Guanzhou - o relato
Já conhecemos algumas paragens aqui da zona do Sudoeste Asiático mas da China, só Hong Kong e Zuhai.
Assim, tivemos oportunidade de visitar Shanghai no início de Maio e agora, aproveitando a visita de uma das minhas irmãs, decidimos ir a Guangzhou, já aqui ao lado.
Fazemos ainda contas de passear este ano por Taiwan e conhecer Guilin, uma cidade que dizem encantadora também aqui pertinho.
Guangzhou, fica a 2 horas de viagem de autocarro desde a fronteira de Macau com a China e é a capital da província de Guangdong. Partimos sexta-feira com as expectativas muito em baixo uma vez que os relatos dos que lá tinham ido não eram os melhores. Esperávamos encontrar uma cidade enorme, industrial, suja, barulhenta mas de visita obrigatória. Sendo a terceira cidade mais populosa da China, Guangzhou conta com mais de 6 milhões de habitantes.
A partida estava marcada para as sete da tarde, de Zuhai. Porque a minha irmã não tem BIR (bilhete de identidade de residente de Macau) que lhe permita passar a fronteira de Macau rapidamente e sem enfrentar as longas filas dos “estrangeiros” na Emigração, a minha mulher e ela foram à frente e ficamos de nos encontrar do lado de lá.
Eram seis e meia e estava a sair de Macau e contava encontrar pouca gente à entrada da China onde os de Macau são estrangeiros, e esperam que se fartam… e esperei. Esperei o mais que pude. Até que cinco minutos antes do autocarro partir e depois de 32 telefonemas de alerta, pedi a um casal que estava à minha frente para passar à frente e corri esbaforido para o autocarro.
O autocarro… só tinha lugares na “cozinha”. Os assentos tinham umas capas de plástico badalhoco a cobrir a parte da cabeça e ficavam tão quentes que atingiam temperaturas quase insuportáveis devido ao funcionamento do motor… foram duas horas de viagem.
Ficamos de sair em Guangzhou no Landmark Hotel e dali apanharíamos um táxi que nos levaria até ao nosso hotel. Saímos pois e esticando o braço a um taxista e indicando o nosso destino, este, com cara de parvo, apontou o dedo para uma rua dizendo o nome do hotel… Estávamos, sem saber ler nem escrever, a 3 minutos a pé do nosso Hotel. Que sorte.
O hotel (Dong Fang Hotel) grande, imponente, com os ares condicionados no máximo, tinha um grande jardim interior e uma piscina muito apetitosa.
Pousamos as cousas e fomos jantar. Como era já tarde (aqui nas redondezas, jantar às 10 da noite já é tarde) acabamos por ter sorte e encontrar um restaurante aberto para comer um fried rice e uma carnicha acompanhada da indispensável Tsing Tao.
Depois do jantar, após um dia de trabalho e em vésperas de uma intensa jornada turística reservada para o dia seguinte, fomos dormir com promessas de acordar logo pela manhãzinha cedo para aproveitar a piscina do hotel.
Acordamos lá pelas 10 com leves lembranças de um qualquer telemóvel ter despertado lá pelas 8… Já não houve piscina para ninguém e fomos ao pequeno-almoço num Starbucks perto do hotel.
Durante o dia visitamos o museu da cidade, passeamos pelos enormes jardins que o rodeiam e tiramos uma chapa na estátua das 5 cabras que, por razões que desconheço, é um dos ex-líbris de Guangzhou.
Começávamos a descobrir uma cidade que pouco tinha a ver com o que esperávamos. Relativamente limpa, com muitos espaços verdes e muita gente simpática. Encontrámos a mesma hospitalidade e atitude acolhedora que experimentámos em Shanghai.
Visitamos ainda um masoleu/museu de um dos reis da dinastia Han, ainda do tempo dos reinos combatentes, encontrado a 1983.
A cidade está dotada de uma moderníssima rede de metro de meter inveja a qualquer cidade europeia e os inúmeros viadutos espalhados pela cidade estavam literalmente forrados a plantas trepadeiras que escondiam o cinzento do cimento e esverdeavam a cidade toda.
Nesse dia, a vontade de darmos um mergulho na piscina imperou e fomos cedo para o Hotel. Depois de umas boas braçadas, arranjamo-nos e saímos para jantar. Um restaurante alemão, junto ao rio, muito bom ambiente, muito boa comida, um verde fresquinho e muito boa companhia.
O dia seguinte esteve destinado às compras. Aproveitamos ainda para conhecer a zona “estrangeira” da cidade, uma espécie de concessão francesa de Guangzhou. Tratava-se de uma pequena ilha no meio do rio, com edifícios ocidentais onde outrora funcionaram bancos, embaixadas e outras instituições estrangeiras. Espectacular.
Pudemos visitar de boca aberta a catedral da cidade… Algo que não contávamos encontrar ali.
Passeamos nas ruas das antiguidades e espantávamo-nos com o que víamos. Andamos, andamos, andamos muito.
Às seis da tarde, cansados, apanhamos o autocarro de regresso a Macau. Em Zhuai, tivemos ainda forças para visitarmos nosso amigo Miguel – um chinês que tem uma lojinha de filmes a preços muito competitivos – que aprendeu a falar português para mais facilmente comunicar com os inúmeros fregueses lusos.
Às dez da noite, já em casa, encomendamos uma pizza… Revisitamos o fim-de-semana na conversa e fomos dormir com mais um “visto” na nossa lista de viagens.