Wednesday, April 21, 2010

Ainda com a cabeça em Pequim...

O hino da República Popular da China, denominado "A marcha dos voluntários", foi escrito no ano de 1934. Tian Han é o autor da letra e a música foi composta por Nie Er. É a modos que uma "A Portuguesa" simplificada e mais curta. Vejam e ouçam!


起来!
不愿做奴隶的人们!
把我们的血肉,
筑成我们新的长城!
中华民族到了最危险的时候,
每个人被迫着发出最后的吼声。
起来!
起来!
起来!
我们万众一心,
冒着敌人的炮火,前进!
冒着敌人的炮火,前进!
前进!前进!进!


Qǐlái!
Búyuàn zuò núlì de rénmen!
Bǎ wǒmen de xuèròu, zhùchéng wǒmen xīn de chángchéng!
Zhōnghuá mínzú dàoliǎo zuì wēixiǎn de shíhòu.
Měi ge rén bèipòzhe fāchū zuìhòu de hǒushēng.
Qǐlái!
Qǐlái!
Qǐlái!
Wǒmen wànzhòngyìxīn,
Màozhe dírén de pàohuǒ, qiánjìn!
Màozhe dírén de pàohuǒ, qiánjìn!
Qiánjìn! Qiánjìn! Jìn!


Em Português:
Levantai-vos!
Vós que recusai a escravatura!
Com o nosso sangue e carne construiremos uma nova Grande Muralha!
A Nação Chinesa está num momento crítico.
E de cada peito lança-se o último clamor:
Levantai-vos! Levantai-vos! Levantai-vos!
Nós, os milhões de corações que batem em uníssono,
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!Marcharemos! Marcharemos!

Film Directed, Recorded and Produced by Sun Tzu

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Beijing em 3 dias


Aproveitamos os feriados da Páscoa e rumamos à Capital do Império do Meio.

Iriam ser 3 dias e meio para, numa correria, ver tudo o que nos fosse possível visitar… esse era o nosso espírito.

O voo, a sair de Macau, estava marcado para as 19h40 no dia 1 de Abril. Às 5 da tarde a Yolanda (a senhora da agência de viagens onde compramos os pacotes da Air Macau) liga-me dizendo que o avião iria partir só às 20h30. Ainda bem, pensei eu. Estava no meio de um projecto urgente no escritório e assim teria mais tempo para ajudar a resolver o problema de um cliente nosso.

Bom, atraso puxa atraso e só lá pelas 23h é que partimos depois de nos fartarmos de esperar no nosso Lounge oferta do cartão de crédito BNU.

Três horas e meia depois aterrámos no aeroporto internacional de Pequim. Apanhamos um táxi directamente para o Hotel e, lá chegados, metemos uma sandes na boca e fomos dormir. Eram umas 3 e tal da manhã!
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Dia 1

Acordamos no dia seguinte para tomar o pequeno-almoço. Saímos pouco depois. Vimos no mapa que a Cidade Proibida, o primeiro sítio que tínhamos combinado ver, ficava relativamente perto do nosso hotel. Maravilha, pensamos. Vamos a pé que no mapa são apenas 3 dedos de distância…. Demoramos hora e meia a lá chegar… Habituados a ver mapas com escalas bem menores, fomos à aventura e fartamo-nos de andar….

Depois do “passeio” até Tian Amen, demo-nos conta da enormidade daquela cidade com 17 milhões de habitantes… uma loucura!

Chegados à praça de Tian Amen, em frente às Portas para a Cidade Proibida, a sensação foi… ficar sem palavras e ficar a admirar aquele local, tantas vezes visto na Televisão. Palco de inúmeros acontecimentos históricos, por vezes trágicos.

Deixo as fotos na esperança de que o ditado – uma imagem vale mais que mil palavras – tenha razão!
Seriam umas 4 da tarde quando chegamos ao extremo oposto da Cidade Proibida. Num espaço de poucas horas deveremos ter andado aí uns bons 8 Kms…Estávamos estourados.
Voltamos a Tian Amen, mais um Km a pé, em busca de um táxi que nos levasse até ao Hotel onde pensávamos descansar e retemperar forças antes de ir ao mercado da seda.
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Acabamos por ir de metro onde pudemos assitir ao "espetáculo" que aquilo é. O senhores de azul estão a controlar entradas e saídas dos passageiros... quando toca a corneta e as portas começam a fechar tratam de empurrar a malta lá para dentro, autêntica lata de sardinhas...
O nosso corpo acabou por pedir mais do que um par de horas de relaxe e acabamos por adiar a ida ao mercado para sábado, domingo ou segunda.
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Dia 2

No Sábado de manhã, novamente pelas 10h, acordamos, comemos e saímos. Íamos visitar a Muralha da China, outro daqueles sítios míticos e, segundo a lenda, a única construção humana que pode ser vista da Lua.

Procuramos evitar os locais de visita mais bonitos arranjados e, por isso, apinhados de turistas. Arranjamos um táxi que nos levaria até a um ponto mais isolado da muralha, a 90 Kms a norte de Pequim, ficaria à nossa espera enquanto saboreávamos a Great Wall e nos levaria de regresso ao hotel.

Devia ser meio-dia quando chegamos a uma aldeola, em aparatosas obras de construção civil que lhe permitisse receber hordas de turistas. Na verdade, escolhemos o local com base num guia “Lonley Planet” de 2007…quase caduco tendo em conta as mudanças sofridas em Pequim e arredores com os Jogos Olímpicos de 2008…. Mas não fomos assim muito “enganados”.

Não encontramos muitos turistas (talvez uns 15 a descer da muralha) e os poucos que havia lá em cima eram todos chineses.... o que acaba por não contar!

A aldeia ficava no sopé das montanhas, junto a uma barragem, cuja albufeira estava gelada! Percebia-se que a muralha foi substituída pela barragem, na parte do rio, mas que continuava a subir pelos montes de um lado e de outro. Olhamos para cima, no cimo de uma montanha avistamos uma “casa dos guardas” e decidimos… vamos ate lá a cima.

Tínhamos calçado próprio, máquinas fotográficas e de filmar na mochila, uma garrafa de água e umas bolachas para ir acomodando o estômago. Começamos a subir pela muralha, muito destruída… era só um muro com 3 metros de espessura e as pedras que outrora compunham a muralha e ameias estariam hoje na base de muitas das casas da aldeia.

Demoramos umas boas 3 horas a subir. Por entre calhaus, com um enorme precipício à esquerda e o lago gelado ao fundo, sem amaras ou ameias de protecção… Quase no topo, com uma forte inclinação, a muralha estava quase destruída e apenas pelo lado direito se conseguia subir com cuidado…. A verdade é que quem olha de baixo para cima a coisa até parecia acessível… A Sra. Sun Tzu avisou… “não vamos por aí”… O valente Sun Tzu fez ouvidos moucos….e foi na frente.

Estava um grupo de 5 chineses em cima, na parte segura, falando connosco e oferecendo uma corda para nos ajudar…pareciam assustados face à insistência deles.

Lá subi e, estando já a salvo, olho para baixo, vejo a minha mulher a trepar e só aí me dou conta do perigo que ela corria… uma escorregadela e, numa queda de uns bons 900 metros, iria confirmar se o lago estava de facto gelado… tive medo e o meu coração bombeava sangue à velocidade de um cavalo de corrida…foram 5 minutos de suspense… põe o pé ali… segura-te acolá… vem antes por aqui…tem cuidado… essa pedra está solta… só de me lembrar fico tenso!

Passado esse stress que bem dispensava, era altura para, no cimo da montanha e em plena muralha da China, aproveitar o momento. Os nossos amigos chineses foram embora pouco depois de termos chegado e ficamos com o espaço só para nós… por uma hora…. Tiramos fotos, filmamos, fumamos um cigarro e ficamos calados a ouvir o nada! Extraordinário!

Descer seria mais fácil….mas, a meio do caminho cabia-nos escolher entre o caminho da direita e o da esquerda… escolhemos o último… andamos mais uma hora à custa do engano… de facto, a esquerda nunca agoira boa coisa!

Pelas 5 da tarde, arranhados, sujos e porcos, esfomeados., paramos num restaurantezinho manhoso onde comemos um arroz, uma omeleta e galinha… O animal vinha cortado aos pedaços pequenos e não se sabia se o que se estava a comer era peito, coxa, asa… no meio do ensopado, lá encontro um parte que identifico como a pernoca do frango… meto os pauzinhos pego no pedaço e vejo que se tratava da cabeça do galináceo… Rimos às gargalhadas!!! Ao fim de quase 3 anos no Oriente já não nos deveríamos surpreender com estas coisas, mas é quase inevitável!

No fim do repasto, o nosso táxi aguardava por nós… fomos quase a viagem toda a dormir.

Esta última foto retrata o troço perigoso da escalada...
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Dia 3

Acordamos orgulhosos do nosso feito do dia anterior… escalamos literalmente a muralha da China… hoje, Domingo, iríamos ter um programa mais tranquilo – o Palácio de Verão – Versailles do Oriente!

Não há muito que contar, a não ser que, como quase tudo naquela cidade, é uma coisa monstruosa… O local para onde a família imperial se deslocava para fugir ao calor tórrido do verão. Por ser dia de descanso, fomos encontrar milhares de chineses a passear, almoçar, visitar….Deixo algumas fotos.

Nesse dia aproveitamos também para visitar o mercado da seda… um edifício de 7 andares com corredores de lojas e lojinhas a vender as sedas e tudo o mais que se possa imaginar. Os preços para os turistas estão inflacionados uns bons 500% e com pena vimos muito bife a ser levado nos preços que “orgulhosamente” conseguiam negociar com os vendedores. Na conversa com uma chinesa e depois de lhe dizer que abusavam nos preços que pediam à cabeça, a senhora dizia…Mas eles pagam!!!! E de facto eles pagavam!
Dia 4

Tínhamos o voo de regresso para as 4 da tarde o que queria dizer que à uma da tarde teríamos de sair do hotel, uma vez que a viagem de táxi demorava uma hora e tal…

Contávamos, por isso, em aproveitar a manhã para ir visitar o Templo do Céu e o mercado das antiguidades para mais umas compras e recuerdos.

Mas não… era uma da tarde quando acordamos, sem nunca termos ouvido os 2 despertadores que furiosamente terão tocado aos nossos ouvidos…. Saímos a correr. Apanhamos um táxi e pouco depois estávamos no aeroporto.

Embarcamos à hora prevista mas, quando nos preparávamos para levantar voo, o comandante avisa-nos que teremos de esperar pela nossa vez…. Esperamos hora e meia dentro do avião!!! Que saco!!!!

Chegamos a Macau quase às dez da noite… estávamos em casa pouco depois… metemos um pão na boca e fomos dormir, estourados, certos de um dia voltarmos a Pequim e adormecemos com um sorriso na cara!
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PS: De acordo com o nosso guia "Lonely Planet", a muralha da china não se vê da Lua. Facto confirmado por um astronauta chinês, em 2004, aquando de uma visita ao espaço. Acrescenta o dito guia que a muralha não é vista tal como não o são as auto-estradas que existem no mundo... Do espaço, pelos vistos, é até difícil identificar os próprios continentes.... Enfim, a queda de um Mito!

Monday, April 19, 2010

When Taste Comes Out

No passado dia 17 de Abril de 2010 a Sra. Sun Tzu estreou a sua primeira exposição e logo na Cidade do Santo Nome de Deus de Macau.

São 8 "retratos" que vão estar expostos até ao dia 15 de Maio na galeria da Creative Macau. Alvo de ampla divulgação pelos Jornais do Território, Hoje Macau e Ponto Final, a experiência foi coroada de sucesso. O diário, Tribuna de Macau, fez a cobertura do evento e teve hoje oportunidade de publicar o seu artigo sobre a Exposição inaugurada no passado Sábado.

A inauguração contou com a presença das mais ilustres personalidades de Macau, das quais se destaca o Sun Tzu, bem como a Presidente da Fundação Oriente, a Presidente da Casa de Portugal em Macau e ainda o representante do Estado Português, o Sr. Consul-Geral de Macau e Hong Kong. Amigos, conhecidos e "estranhos" também aproveitaram o momento para ver as peças da Sra. Sun Tzu, beber um copo de Herdade dos Grous que eram disponibilizados aos convivas e para dar um simpático beijinho à estreante.

Deixo-vos aqui, com a respectiva autorização da Artista e Autora, a versão virtual dos quadros (impressos em PVC 100cm x 100cm).

Espero que gostem.