Tuesday, July 21, 2009

Está quase, caramba!!!


Nos 4 Continentes


Quem diria... O 1500 já foi literalmente lido nos 4 cantos do mundo!!!

Tenho registo de visitas do Brasil, Angola, Hong Kong, Macau, Espanha e Portugal!!!

Monday, July 20, 2009

O Império Khmer

Ao escrever o título deste relato lembrei-me das aventuras de Tin Tin… ele merecia ter ido ao Cambodja.
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Numa das melhores viagens que fiz até hoje, os 5 dias que passamos no Cambodja foram extraordinários. Um país místico, história trágica, pobre e a lamber feridas do passado, o Reino do Cambodja é um dos destinos obrigatórios do Sudoeste Asiático.
Em Julho de 2007, depois de uma jantarada acompanhada de um bom vinho em Lisboa, eu e um amigo vasculhávamos o Google Earth em busca dos locais que poderia visitar quando viesse para Macau. Grande entusiasta do Oriente, este meu amigalhaço viveu em Macau uns anos durante uma comissão do Pai. Foi ele que me tirou qualquer réstia de dúvida que pudesse existir relativamente à minha vinda para cá! Foi, então, nessa noite que a vontade de conhecer o Cambodja apareceu.
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Estávamos no início do ano de 2009 e queríamos aproveitar o ano novo chinês, ano do boi, festejado de 24 a 28 de Janeiro (sábado a quarta) para fazer qualquer coisa e desta feita acompanhados por um casal amigo nosso. A hipótese seria Laos e Cambodja. Mas para “matar” esses dois países eram necessários mais dias, dias que não dispúnhamos. Assim, decidimo-nos só pelo Cambodja.
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A viagem foi planeada da seguinte forma. Voávamos de Macau até Bangkok e daí até Phnom Penh onde ficaríamos apenas uma noite. Da capital do Reino subiríamos de barco até Siem Reap, numa viagem que duraria 8 horas onde esperávamos romanticamente por aventuras e bons momentos. Aí ficávamos 3 noites e na quarta-feira continuaríamos a subir, por estrada, até à fronteira com a Tailândia e daí iríamos de táxi até ao aeroporto onde pelas seis da tarde embarcaríamos de regresso a Macau.
Saímos, pois, sábado de manhã (sair sexta não nos trazia qualquer vantagem pois teríamos de ficar a dormir em Bangkok) e cinco horas depois estávamos já a apanhar o voo para Phnom Penh. Sabia que íamos para um país pobre onde as crianças corriam atrás dos turistas ora pedindo dinheiro ora tentando vender fotocópias de guias da Lonley Planet, por isso íamos carregados de rebuçados e levávamos de casa lápis de cores, de cera e o que mais lá havia e que desse para distribuir.
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Chegamos a meio da tarde. Deu tempo para pousarmos as malas, darmos um passeio nas redondezas e antes do jantar, tomar uma merecida banhoca. Jantamos no FCC (Foreign Correspondents Club), local de reunião de repórteres e jornalistas internacionais no decurso da guerra civil e revolução dos Khmer Vermelhos.
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A primeira impressão que tivemos de Phnom Penh foi a de que estávamos num país muito, muito pobre. Vimos famílias a dormir na rua. As construções e edifícios muito frágeis, as estradas e passeios degradados, muita sujeira e lixo no chão. As pessoas descalças e com um trapo no corpo… até os monumentos, templos e espaços mais turísticos demonstravam a pobreza da capital de um país devastado pela guerra, fome e miséria.
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No outro lado da rua do nosso hotel funcionava uma discoteca manhosa… só lá para as 3 conseguimos adormecer.
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No dia seguinte pela manhã, decidimos alterar o plano de viagem e, em vez de subirmos de barco até Siem Reap numa viagem interminável sob um sol abrasador deitados no telhado de um barco cheio de gente, em 4 horas apenas, numa carrinha de 9 lugares, chegaríamos a Siem Reap, terra de Angkor Wat!


A viagem estava marcada para as duas da tarde e até lá visitamos o palácio real, o museu da capital, o mercado central e percorremos as ruas da cidade absorvendo a sua vida. Pude reparar que os cambojanos não são tão simpáticos e amáveis como os tailandeses. De facto, a guerra e as tristezas recentes terão marcado as pessoas e isso podia ver-se nos seus rostos. Às duas da tarde lá partimos numa Toyota Hiace, com mais sete marmelos numa viagem que pouco teve de interessante.

Chegamos ao fim da tarde a Siem Reap e ficamos instalados no FCC do sítio que para além de restaurante e bar, também tinha serviço hoteleiro. Mais turística e talvez por isso mais cuidada, mais limpa e também muito menos pobre, a cidade é dividida por um rio cujas margens abarcam hotéis, restaurantes, lojas e lojinhas. Na verdade iríamos estar em Siem Reap apenas 2 dias, uma vez que sairíamos quarta-feira logo de manhã para a Tailândia. O tempo era pouco mas nesse dia nada fizemos… O passeio dos tristes e cansados e depois cama!

No dia seguinte acordamos bem cedo com o objectivo de passarmos todas as horas até ao por do sol a visitar os templos perdidos de Angkor Wat. Alugamos um Tuk Tuk e o respectivo motorista que, por uma pequena quantia, ficou ao nosso dispor durante todo o dia. Siem Reap tem centenas de templos. Uns enormes, outros mais pequenos… é impossível ver tudo num só dia!
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Tinhamos dois tipos de “passes” à escolha, um de 3 dias e outro de 1 dia… compramos este com intenções de ver tudo o que pudéssemos. É-me difícil descrever os templos que visitámos, mas na verdade aquilo é extraordinário. Enormes edifícios de pedra lembrando civilizações antigas da America Latina, meio piramidais e labirínticos, em ruínas e carcomidos pela natureza. Completamente perdidos no meio de floresta intensa, alguns destes templos funcionavam como fortalezas, protegidos por altas muralhas e fossos de água por todos os lados… Impressionante!
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Deixo-vos com as fotos que, melhor do que eu, descrevem o que vimos…. Foi um dia em cheio.


Imaginamos como seria a vida nos anos em que milhares de pessoas habitavam aqueles templos… Como tinham água? Teriam esgotos? Porque e como ficaram vazios? Estas e mil outras perguntas vieram-nos à cabeça!
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Chegámos, como devem imaginar, estourados ao Hotel… Reservamos o dia seguinte para descansar um pouco usufruindo da piscina, conhecer a cidade e fazer umas compras. Muito bom, tranquilo e consegui distribuir grande parte dos rebuçados que trouxemos… e foi espectacular ver a alegria da “canalha” que corria atrás de mim com a mão esticada aos berros e gargalhadas. Valeu a pena o desconforto dos muitos rebuçados nos bolsos dos meus calções!
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Preparamo-nos para o dia seguinte. Ia ser verdadeiramente uma aventura. Iríamos alugar um táxi para nos levar em 4 horas até à fronteira com a Tailândia e depois de táxi, novamente, iríamos até ao aeroporto. Não sabia o que nos esperava e as indicações do Lonley Planet que levámos não eram as melhores e alertavam para alguns perigos.

Assim, logo pela manhã de quarta-feira tínhamos o nosso amigo à espera e a primeira impressão não podia ser pior. No Cambodja conduz-se como em Portugal, pela direita, mas íamos fazer a viagem num carro com o volante à direita… bonito... a juntar à festa o Zé Manel que nos conduzia não falava ponta de inglês.

Consta que a estrada que vai de Siem Reap à Tailândia, que é uma bela merda, diga-se, está no estado que está – ou seja não está – pelo facto de companhias aéreas corromperem o poder local de forma a evitar ou atrasar as obras intermináveis na dita estrada e assim continuaram a ter o monopólio do transporte para o país vizinho.

De facto, só mesmo os tolinhos dos turistas é que passam alegremente 4 ou 5 horas dentro de um carro bafiento para fazer uma viagem que, numa estrada transmontana qualquer, daquelas feitas à pá e pica, demorava uma hora a fazer… Mas que as estrada estava em obras, lá isso estava.
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Vejam aqui um pedacinho da viagem que tive oportunidade de filmar…
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Peço desculpa pela qualidade cinematográfica mas as condições não eram de facto as melhores.

Chegámos vivos à fronteira. Do lado de lá, encontrávamos um país mais rico, mais evoluído, mais moderno e com boas estradas. A viagem foi rápida e num ápice chegámos ao aeroporto.

Esperamos um pouco e lá embarcamos para Macau. O voo foi bom. Chegamos a casa, como sempre cansados. Metemos um pão à boca e deitamo-nos, mais uma vez, com a barriga cheia das recentes aventuras e um sorriso na cara.

Tuesday, July 14, 2009

Preăh Réachéa Anachâk Kâmpŭchea

Está quase quase... e desta vez vai trazer surpresa!

Friday, July 3, 2009

City of Dreams

No passado dia 20 de Junho de 2009 inaugurou, pela segunda vez (!), um novo complexo de Hotel e Casino aqui em Macau.

Trata-se de um investimento de milhões de milhões para construir a City of Dreams!

Uns amigos meus, envolvidos que estiveram no processo de licenciamento, financiamento e uns quantos mais “entos”, foram obviamente convidados para a 2ª inauguração – a primeira foi a abertura oficial onde também estiveram presentes e esta segunda foi mais uma festa em jeito de agradecimento para todos os que colaboraram para o sucesso do projecto.

Enfim, e como amigo não esquece amigo, lá conseguiram arranjar forma de acrescentar à lista de convidados o Sun Tzu e sua mulher para participar na After Party…

O cenário foi mais ou menos este:

Muita gente, smoking, piscina, musica, empregados vestidos de branco impecável serviam canapezinhos apetitosos, outros perseguiam os convivas com enormes garrafas de Moet Chandon, actores e modelos de Hong Kong, fotógrafos por todo o lado… e o Sun Tzu!!!

Uma vez mais em… Hong Kong

No fim-de-semana de despedida da minha irmã, decidimos ir passear e dar-lhe a conhecer a Grande Maçã do Oriente.

É sempre uma festa ir a Hong Kong. Tem o inconveniente da viagem de barco que, como já aqui escrevi, detesto fazer, mas vale a muito pena. Dá para desempoeirar!

Fiz a viagem sozinho, uma vez que a minha mulher e a minha irmã fora indo à frente. Como não podia deixar de ser, passei pelas brasas praticamente a viagem toda depois de pedir um cobertorzinho aos “senhores” para me aquecer do gélido ar condicionado que teima em soprar dentro do barco.

É verdade que a visita da família e amigos é sempre boa para matar todas as saudades que temos uns dos outros e para por em dia as novidades e tal.

Mas há mais uma grande vantagem que é a de aproveitarmos essas visitas para conhecermos lugares que ainda não tivemos oportunidade de conhecer.

Como para os visitantes, que não conhecem nada, é igual ir ali ou acolá, para nós, os visitados, matamos dois coelhos com um estalo só e, para além de desfrutarmos da companhia, conhecemos lugares novos também.

Esta ida a Hong Kong passou pelos lugares obrigatórios de visita. Os restaurantes do Soho, os bares de Lan Kwai Fong, a viagem de ida e volta para o Stanley Market, a Times Square, o IFC Building, etc etc etc.

Mas desta feita aproveitamos para ir pela primeira vez ao Victoria Peak através de um eléctrico-elevador que nos levou até lá cima. O ponto mais alto da ilha de Hong Kong donde se pode ver “tudo” à nossa volta. Desde o topo dos enormes arranha-céus em Central, o porto acolhendo o Elizabeth em Kowloon, as praias do lado oposto, uma vista, como diz um amigo meu, super espectacular!!!

De resto o fim-de-semana não teve assim nada mais de extraordinário. Claro que convém não esquecer as importantes visitas que fizemos ao bar russo onde se servem uns shots de vodka (há de todos os sabores e mais alguns… chocolate, morango, melão, limão… enfim) dentro de uma arca frigorífica para a qual não se consegue entrar sem uns casacos de pele que estão à disposição dos clientes.

E assim passamos o fim-de-semana, a conhecer e a dar a conhecer Hong Kong. No domingo, a meio da tarde, fizemos o check-in no IFC Building, onde, depois de jantarmos e bebermos umas Tsing Taos, apanhamos o comboio para o aeroporto.

Depois da despedida, às dez da noite de domingo, ainda nos esperava uma viagem de comboio até Central e uma hora no famigerado Jet Foil até Macau.

Com a segunda-feira à porta e uma semana de árduo labor pela frente, chegamos a casa cansados e de barriga cheia com mais um fim-de-semana de passeio… e fomos dormir com um sorriso na cara.

Wednesday, July 1, 2009

Sun Tzu recomenda...

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http://ritaferreiradesign.wordpress.com/


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Provavelmente a melhor cerveja do Mundo!!!!


Guanzhou - o relato

Decidimos dedicar 2009 à China. É ano de contenção orçamental e o Império do Meio há muito reclama a nossa visita. Na verdade, estando em Macau há quase dois anos, por esta altura já deveríamos ter percorrido mais estradas do que aquelas que percorremos.

Já conhecemos algumas paragens aqui da zona do Sudoeste Asiático mas da China, só Hong Kong e Zuhai.

Assim, tivemos oportunidade de visitar Shanghai no início de Maio e agora, aproveitando a visita de uma das minhas irmãs, decidimos ir a Guangzhou, já aqui ao lado.

Fazemos ainda contas de passear este ano por Taiwan e conhecer Guilin, uma cidade que dizem encantadora também aqui pertinho.

Guangzhou, fica a 2 horas de viagem de autocarro desde a fronteira de Macau com a China e é a capital da província de Guangdong. Partimos sexta-feira com as expectativas muito em baixo uma vez que os relatos dos que lá tinham ido não eram os melhores. Esperávamos encontrar uma cidade enorme, industrial, suja, barulhenta mas de visita obrigatória. Sendo a terceira cidade mais populosa da China, Guangzhou conta com mais de 6 milhões de habitantes.

A partida estava marcada para as sete da tarde, de Zuhai. Porque a minha irmã não tem BIR (bilhete de identidade de residente de Macau) que lhe permita passar a fronteira de Macau rapidamente e sem enfrentar as longas filas dos “estrangeiros” na Emigração, a minha mulher e ela foram à frente e ficamos de nos encontrar do lado de lá.

Eram seis e meia e estava a sair de Macau e contava encontrar pouca gente à entrada da China onde os de Macau são estrangeiros, e esperam que se fartam… e esperei. Esperei o mais que pude. Até que cinco minutos antes do autocarro partir e depois de 32 telefonemas de alerta, pedi a um casal que estava à minha frente para passar à frente e corri esbaforido para o autocarro.

O autocarro… só tinha lugares na “cozinha”. Os assentos tinham umas capas de plástico badalhoco a cobrir a parte da cabeça e ficavam tão quentes que atingiam temperaturas quase insuportáveis devido ao funcionamento do motor… foram duas horas de viagem.

Ficamos de sair em Guangzhou no Landmark Hotel e dali apanharíamos um táxi que nos levaria até ao nosso hotel. Saímos pois e esticando o braço a um taxista e indicando o nosso destino, este, com cara de parvo, apontou o dedo para uma rua dizendo o nome do hotel… Estávamos, sem saber ler nem escrever, a 3 minutos a pé do nosso Hotel. Que sorte.

O hotel (Dong Fang Hotel) grande, imponente, com os ares condicionados no máximo, tinha um grande jardim interior e uma piscina muito apetitosa.

Pousamos as cousas e fomos jantar. Como era já tarde (aqui nas redondezas, jantar às 10 da noite já é tarde) acabamos por ter sorte e encontrar um restaurante aberto para comer um fried rice e uma carnicha acompanhada da indispensável Tsing Tao.

Depois do jantar, após um dia de trabalho e em vésperas de uma intensa jornada turística reservada para o dia seguinte, fomos dormir com promessas de acordar logo pela manhãzinha cedo para aproveitar a piscina do hotel.

Acordamos lá pelas 10 com leves lembranças de um qualquer telemóvel ter despertado lá pelas 8… Já não houve piscina para ninguém e fomos ao pequeno-almoço num Starbucks perto do hotel.
Durante o dia visitamos o museu da cidade, passeamos pelos enormes jardins que o rodeiam e tiramos uma chapa na estátua das 5 cabras que, por razões que desconheço, é um dos ex-líbris de Guangzhou.

Começávamos a descobrir uma cidade que pouco tinha a ver com o que esperávamos. Relativamente limpa, com muitos espaços verdes e muita gente simpática. Encontrámos a mesma hospitalidade e atitude acolhedora que experimentámos em Shanghai.

Visitamos ainda um masoleu/museu de um dos reis da dinastia Han, ainda do tempo dos reinos combatentes, encontrado a 1983.

A cidade está dotada de uma moderníssima rede de metro de meter inveja a qualquer cidade europeia e os inúmeros viadutos espalhados pela cidade estavam literalmente forrados a plantas trepadeiras que escondiam o cinzento do cimento e esverdeavam a cidade toda.

Nesse dia, a vontade de darmos um mergulho na piscina imperou e fomos cedo para o Hotel. Depois de umas boas braçadas, arranjamo-nos e saímos para jantar. Um restaurante alemão, junto ao rio, muito bom ambiente, muito boa comida, um verde fresquinho e muito boa companhia.

O dia seguinte esteve destinado às compras. Aproveitamos ainda para conhecer a zona “estrangeira” da cidade, uma espécie de concessão francesa de Guangzhou. Tratava-se de uma pequena ilha no meio do rio, com edifícios ocidentais onde outrora funcionaram bancos, embaixadas e outras instituições estrangeiras. Espectacular.

Pudemos visitar de boca aberta a catedral da cidade… Algo que não contávamos encontrar ali.

Passeamos nas ruas das antiguidades e espantávamo-nos com o que víamos. Andamos, andamos, andamos muito.

Às seis da tarde, cansados, apanhamos o autocarro de regresso a Macau. Em Zhuai, tivemos ainda forças para visitarmos nosso amigo Miguel – um chinês que tem uma lojinha de filmes a preços muito competitivos – que aprendeu a falar português para mais facilmente comunicar com os inúmeros fregueses lusos.

Às dez da noite, já em casa, encomendamos uma pizza… Revisitamos o fim-de-semana na conversa e fomos dormir com mais um “visto” na nossa lista de viagens.