

Terça:Aventuras, relatos e divagações.


Terça:
Devia correr o ano de 1996 quando, na Alfandega do Porto, os ouvi pela primeira vez.
Falta pouco mais de um mês para a viagem anual do escritório de Sun Tzu. Vão as famílias e amigos dos colaboradores do escritório, tudo em romaria, desta feita para o sul da Ilha Formosa.
Foi em Setembro de 2005 que Sun Tzu se estreou nas Artes Marciais Chinesas. Durante mais ou menos seis meses praticou Sanda (boxe chinês) regularmente na Rua da Nª Sª de Fátima, junto à Rotunda da Boavista sob orientação do Mestre Paulo Araújo e do Professor Zé Machado.
A senhora Sun Tzu, hospedada no Mandarim Oriental a expensas da entidade patronal, recebeu calorosa e carinhosamente Sun Tzu.
O programa de Sábado passava por ir de autocarro até Malaca, antiga praça-forte portuguesa durante 130 anos (1511-1641), cidade essa que suscitava grande curiosidade e expectativa. Situada a meio caminho entre Kuala Lumpur e Singapura, foi um grande interposto comercial e um sítio onde S. Francisco Xavier viver por alguns anos.
Na verdade, em 1511 Afonso de Albuquerque, ao comando de uma guarnição de 1200 homens e 18 navios, partiu de Goa para a conquista de Malaca a 24 de Agosto desse ano.
Em 1641 Malaca foi tomada pelos holandeses os quais cederam o território em 1824 ao Império Britânico.
Da Malaca Portuguesa pouco resta. Da fortaleza construída pelos Lusitanos – A Famosa – resta somente a Porta de Santiago. Após 300 anos de existência, em 1806, os britânicos destruíram-na.


Após, este pequeno apontamento histórico, importa dizer que Malaca é a modos que uma desilusão para quem vai, como nós fomos, em busca dos vestígios do passado glorioso da história de Portugal.
Muito pouco há para ver. De facto, a referida Porta de Santiago, uma pedra de armas do Reino de Portugal, uma réplica da caravela portuguesa, uma estátua moderna de S. Franciso Xavier e umas lápides brasonadas de uns quantos Costas, Andrades, Melos e Pintos é o que resta da “nossa” presença. Existem outras marcas, na língua local, que apesar dos anos foram ficando na boca dos indígenas, sendo esse o principal património que os Portugueses de então lá deixaram e que os holandeses e britânicos não conseguiram destruir.
Almoçamos por lá e pelas 3 da tarde estávamos já de regresso a Kuala Lumpur. Aproveitamos o final da tarde para dar um mergulho na piscina do hotel, experimentar a cerveja local e dormitar nas confortáveis espreguiçadeiras disponíveis.
A noite foi aproveitada para passear, jantar, conversar e viver a cidade. A capital da Malásia é uma cidade grande, moderna, cosmopolita e internacional. Como país muçulmano que é, às horas certas, do alto dos minaretes, a habitual “Ala Akbah” fazia-se ouvir.
No domingo, dia da partida, conhecemos o centro da cidade… as fantásticas torres petronas, vizinhas do hotel onde ficamos instalados, são a principal atracção da cidade, mas também aqui pouco há para se visitar como turista.
E à hora do almoço embarcamos de regresso a Macau. A Senhora Sun Tzu portadora de uma nova experiência profissional e Sun Tzu satisfeito por riscar da lista 2 dos locais marcados para visitar.
Chegamos à hora de jantar a casa. Metemos uns cereais à boca e deitamo-nos com a cabeça já na semana de trabalho de se iniciava.
E é já no próximo dia 28 de Agosto que finalmente os queridos amigos do casal Sun Tzu vão dar o nó.
É um fenómeno regular do sudoeste asiático com o qual já padecemos diversas vezes. Desta feita é o Chanthu que está prestes a chegar a Macau!
Desde que chegamos a Macau já fomos alvo de diversos tufinhos, tufões e tufãozões!
A lógica é mais ou menos esta: tendo em conta a distância da tempestade tropical e a velocidade do vento e das rajadas, as autoridades do Território vão levantando diferentes sinais de alerta:
T1 - o centro de uma tempestade tropical está a menos de 800 quilómetros de Macau podendo vir a afectar a região.
T3 - O centro da tempestade tropical movimenta-se de forma a ser possível que se façam sentir em Macau ventos compreendidos entre 41 km/h e 62 km/h com rajadas de cerca de 110 km/h.
T8 - O centro da tempestade tropical está a aproximar-se sendo possível o registo em Macau de vento do quadrante indicado entre 63 km/h e 117 km/h com rajadas de cerca de 180 km/h.
T9 - O centro da tempestade tropical continua a aproximar de Macau e prevê-se que o território seja severamente afectado.
T10 - Aproxima-se uma tempestade tropical cujo centro passará nas vizinhanças imediatas de Macau admitindo-se que o vento médio exceda os 118 km/h com rajadas de grande intensidade.
Com sinal 8, as escolas, serviços públicos, transportes, as pontes que ligam Macau à Taipa... tudo fecha e vai toda a gente para casa, o que para os mais necessitados de um dia em casa a ver "aquele" filme é sempre uma maravilha se calha a meio da semana.
Durante estes 3 anos de Oriente, já tivemos vários tufões sinal 8 e apenas um com sinal superior. As ruas ficam alagadas, a chuva entra pelas frinchas das janelas e portas das casas, caem árvores e sinais de trânsito e a cidade fica um caos!
O Chanthu apenas justificou, à hora a que escrevo este post, o sinal T1 estando previsto o sinal T3 para o meio da tarde.
Estamos na época deles... e este é o segundo do ano! Eles vêm aí!!!
E aí está.... Estava na lista do "Falta" e amanhã vai passar ao "Já há"!
A ver se amanhã está assim também! Mas hoje, então, um bom dia para nós!!!!
Esta festa é uma homenagem ao poeta Qu Yuan. A lenda sobre o Tung Ng remonta ao período de Primavera e Outono e ao período dos Reinos Combatentes. Consta que um alto funcionário do reino de Chu, de nome Qu Yuan, muito fiel à corte, viu uma sua proposta recusada pelo rei várias vezes, foi incriminado falsamente pelos traidores e o rei mandou-o para o exílio.
A lenda tem algumas variantes: uns dizem que o lançamento dos bolos de arroz à água se destinava a atrair os peixes para outros lugares, permitindo assim ao cadáver do poeta não servir de repasto aos peixinhos; outros dizem que os bolos de arroz lançados eram para o poeta comer e, por isso, estes bolos estavam envoltos em folhas de banana para evitar que os peixes os comessem.
Nada como o Mundial de Futebol para nos tirar da rotina diária que o emprego e as responsabilidades de um bom Pater Familias nos trazem!
Depois de Pequim, pela Páscoa, voamos para a Pátria Lusitana na primeira quinzena de Maio. A desculpa foi um casamento de um grande grande amigo de Sunt Tzu... tão grande que é um quasi quasi um irmão... conhecemo-nos desde os 4 anos... E lá fomos, de 29 de Abril a 15 de Maio!Em Português:
Levantai-vos!
Vós que recusai a escravatura!
Com o nosso sangue e carne construiremos uma nova Grande Muralha!
A Nação Chinesa está num momento crítico.
E de cada peito lança-se o último clamor:
Levantai-vos! Levantai-vos! Levantai-vos!
Nós, os milhões de corações que batem em uníssono,
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!Marcharemos! Marcharemos!
Film Directed, Recorded and Produced by Sun Tzu
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