



Aventuras, relatos e divagações.
A senhora Sun Tzu, hospedada no Mandarim Oriental a expensas da entidade patronal, recebeu calorosa e carinhosamente Sun Tzu.
O programa de Sábado passava por ir de autocarro até Malaca, antiga praça-forte portuguesa durante 130 anos (1511-1641), cidade essa que suscitava grande curiosidade e expectativa. Situada a meio caminho entre Kuala Lumpur e Singapura, foi um grande interposto comercial e um sítio onde S. Francisco Xavier viver por alguns anos.
Na verdade, em 1511 Afonso de Albuquerque, ao comando de uma guarnição de 1200 homens e 18 navios, partiu de Goa para a conquista de Malaca a 24 de Agosto desse ano.
Em 1641 Malaca foi tomada pelos holandeses os quais cederam o território em 1824 ao Império Britânico.
Da Malaca Portuguesa pouco resta. Da fortaleza construída pelos Lusitanos – A Famosa – resta somente a Porta de Santiago. Após 300 anos de existência, em 1806, os britânicos destruíram-na.
Após, este pequeno apontamento histórico, importa dizer que Malaca é a modos que uma desilusão para quem vai, como nós fomos, em busca dos vestígios do passado glorioso da história de Portugal.
Muito pouco há para ver. De facto, a referida Porta de Santiago, uma pedra de armas do Reino de Portugal, uma réplica da caravela portuguesa, uma estátua moderna de S. Franciso Xavier e umas lápides brasonadas de uns quantos Costas, Andrades, Melos e Pintos é o que resta da “nossa” presença. Existem outras marcas, na língua local, que apesar dos anos foram ficando na boca dos indígenas, sendo esse o principal património que os Portugueses de então lá deixaram e que os holandeses e britânicos não conseguiram destruir.
Almoçamos por lá e pelas 3 da tarde estávamos já de regresso a Kuala Lumpur. Aproveitamos o final da tarde para dar um mergulho na piscina do hotel, experimentar a cerveja local e dormitar nas confortáveis espreguiçadeiras disponíveis.
A noite foi aproveitada para passear, jantar, conversar e viver a cidade. A capital da Malásia é uma cidade grande, moderna, cosmopolita e internacional. Como país muçulmano que é, às horas certas, do alto dos minaretes, a habitual “Ala Akbah” fazia-se ouvir.
No domingo, dia da partida, conhecemos o centro da cidade… as fantásticas torres petronas, vizinhas do hotel onde ficamos instalados, são a principal atracção da cidade, mas também aqui pouco há para se visitar como turista.
E à hora do almoço embarcamos de regresso a Macau. A Senhora Sun Tzu portadora de uma nova experiência profissional e Sun Tzu satisfeito por riscar da lista 2 dos locais marcados para visitar.
Chegamos à hora de jantar a casa. Metemos uns cereais à boca e deitamo-nos com a cabeça já na semana de trabalho de se iniciava.
É um fenómeno regular do sudoeste asiático com o qual já padecemos diversas vezes. Desta feita é o Chanthu que está prestes a chegar a Macau!
Desde que chegamos a Macau já fomos alvo de diversos tufinhos, tufões e tufãozões!
A lógica é mais ou menos esta: tendo em conta a distância da tempestade tropical e a velocidade do vento e das rajadas, as autoridades do Território vão levantando diferentes sinais de alerta:
T1 - o centro de uma tempestade tropical está a menos de 800 quilómetros de Macau podendo vir a afectar a região.
T3 - O centro da tempestade tropical movimenta-se de forma a ser possível que se façam sentir em Macau ventos compreendidos entre 41 km/h e 62 km/h com rajadas de cerca de 110 km/h.
T8 - O centro da tempestade tropical está a aproximar-se sendo possível o registo em Macau de vento do quadrante indicado entre 63 km/h e 117 km/h com rajadas de cerca de 180 km/h.
T9 - O centro da tempestade tropical continua a aproximar de Macau e prevê-se que o território seja severamente afectado.
T10 - Aproxima-se uma tempestade tropical cujo centro passará nas vizinhanças imediatas de Macau admitindo-se que o vento médio exceda os 118 km/h com rajadas de grande intensidade.
Com sinal 8, as escolas, serviços públicos, transportes, as pontes que ligam Macau à Taipa... tudo fecha e vai toda a gente para casa, o que para os mais necessitados de um dia em casa a ver "aquele" filme é sempre uma maravilha se calha a meio da semana.
Durante estes 3 anos de Oriente, já tivemos vários tufões sinal 8 e apenas um com sinal superior. As ruas ficam alagadas, a chuva entra pelas frinchas das janelas e portas das casas, caem árvores e sinais de trânsito e a cidade fica um caos!
O Chanthu apenas justificou, à hora a que escrevo este post, o sinal T1 estando previsto o sinal T3 para o meio da tarde.
Estamos na época deles... e este é o segundo do ano! Eles vêm aí!!!
Em Português:
Levantai-vos!
Vós que recusai a escravatura!
Com o nosso sangue e carne construiremos uma nova Grande Muralha!
A Nação Chinesa está num momento crítico.
E de cada peito lança-se o último clamor:
Levantai-vos! Levantai-vos! Levantai-vos!
Nós, os milhões de corações que batem em uníssono,
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!
Em desafio ao fogo inimigo, marcharemos!Marcharemos! Marcharemos!
Film Directed, Recorded and Produced by Sun Tzu
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